30.9.09

a nossa sacralidade



(pintura de cony theis, "mud rush I", 2008)


"Os meus Mestres trouxeram, todos eles a mesma mensagem: não «Eu sou mais sagrado que tu» mas sim «Tu és tão sagrado como eu.» É esta a mensagem que vocês não foram capazes de ouvir; a verdade que não foram capazes de aceitar. E é por isso que nunca conseguem apaixonar-se verdadeiramente, totalmente, uns pelos outros. Nunca se apaixonaram, verdadeiramente, totalmente, por vós mesmos. (1)

neale donald walsch



(1) WALSCH, Neale Donald - Conversas com Deus. 14ª ed. Cascais: Sinais de Fogo, 2003. ISBN 972-8541-05-8. pg. 157.

29.9.09

a noite abrir-nos-á



(quadro de adriana molder, "series hôtel", 2006)


24.

é como um poema acabado de
morrer: os olhos na lombada do
beijo

e o som o som a curvatura
do toque no espectro de
todas as cores:

o círculo de pó.

jorge vicente

27.9.09

dignidade



(pintura de cony theis, "grobe wolke", 2008)


"Deves primeiro considerar-te digno para poderes considerar digna outra pessoa. Deves primeiro considerar-te abençoado para poderes considerar abençoada outra pessoa. Deves primeiro considerar-te sagrado para poderes descobrir a sacralidade existente noutra pessoa" (1)

neale donald walsch


(1) WALSCH, Neale Donald - Conversas com Deus. 14ª ed. Cascais: Sinais de Fogo, 2003. ISBN 972-8541-05-8. pg. 157.

26.9.09

amor próprio



(fotografia de cony theis, "einmal", 2006)


"O Mestre sabe que não interessa o que o outro está a ser, a fazer, a ter, a dizer, a querer, a exigir. Não interessa o que o outro está a pensar, a esperar, a planear. Só interessa aquilo que tu estás a ser em relação a isso.

A pessoa mais amorosa é a egocêntrica.

Isso é um ensinamento radical...

Não se o analisares cuidadosamente. Se não conseguires amar-te a ti mesmo não podes amar outra pessoa. Muita gente comete o erro de procurar o amor por si mesmo através do amor por outrem. Claro que não se apercebem de que estão a fazer isso. Não se trata de um acto consciente. É o que se passa na mente. Nas profundezas da mente. Naquilo a que vocês chamam o subconsciente. E pensam: «Se eu conseguir amar os outros, eles amar-me-ão. Tornar-me-ei assim uma pessoa amorável e, por isso, capaz de me amar a mim.»" (1)

neale donald walsch


(1) WALSCH, Neale Donald - Conversas com Deus. 14ª ed. Cascais: Sinais de Fogo, 2003. ISBN 972-8541-05-8. pg. 154, 155.

as relações humanas



(fotografia de robert lebeck, "cecilia bartoli", 1992)


"É muito romântico dizer que agora que esse outro especial entrou na vossa vida vocês se sentem completos. Contudo, o propósito da relação não é ter outra pessoa que possa completar-te mas sim com a qual possas partilhar a tua plenitude.

É aqui que está o paradoxo de todas as relações humanas: não tens necessidade de um alguém especial para experenciares, plenamente, Quem Tu És, e... sem esse alguém não és nada.

É, simultaneamente, o mistério e o fascínio, a frustração e a alegria, da experiência humana. É preciso um profundo entendimento e uma disponibilidade total para se viver dentro desse paradoxo de uma forma que faça sentido" (1)

neale donald walsch



(1) WALSCH, Neale Donald - Conversas com Deus. 14ª ed. Cascais: Sinais de Fogo, 2003. ISBN 972-8541-05-8. pg. 153.

"he was my brother" (paul simon)



(fotografia de robert lebeck, "joseph beuys", dusseldorf, 1970)


"He was my brother
Five years older than I
He was my brother
Twenty-three years old the day he died

Freedom writer
They cursed my brother to his face
Go home outsider
This town's gonna be your buryin' place

He was singin' on his knees
An angry mob trailed along
They shot my brother dead
Because he hated what was wrong

He was my brother
Tears can't bring him back to me
He was my brother
And he died so his brothers could be free
He died so his brothers could be free" (1)

simon & garfunkel



(1) retirado do cd dos simon & garfunkel, live from new york city, 1967 (2002) e daqui

24.9.09

o divino



(pintura de sigmar polke, "ernte (harvest)", 2007)


"É bem espinhoso esse trilho do chefe de família. Tem muitas distracções, muitas preocupações terrenas. O asceta não é incomodado por nenhuma delas. Trazem-lhe o pão e a água, dão-lhe a humilde manta em que repousa, e pode dedicar todas as suas horas à prece, à meditação e à contemplação do divino. Que fácil deve ser o divino numa situação dessas! Que tarefa tão simples! Ah, mas dêem a um deles mulher e filhos! Vê agora o divino num bebé que precisa de mudar a fralda às três da manhã. Vê o divino numa conta que tem de ser paga no primeiro dia do mês. Reconhece a mão de Deus na doença que leva uma esposa, no emprego que se perde, na febre do filho, na dor dos pais. Agora estamos a falar de santidade.

Entendo o teu desalento. Sei que estás farto da luta. Mas digo-te o seguinte: quando me seguires, a luta desaparece. Vive no teu espaço divino e os acontecimentos, um por um, tornam-se bençãos" (1)

neale donald walsch



(1) WALSCH, Neale Donald - Conversas com Deus. 14ª ed. Cascais: Sinais de Fogo, 2003. ISBN 972-8541-05-8. pg. 145.

"legend of a girl child called linda" (donovan)



(fotografia de robert gober, "untitled (merce cunnningham photography portfolio 2006)", 2000)


"I will bring you gold apples and grapes made of rubies
That have shone in the eyes of a prince of the breeze.
Bright cascading crystals, they danced in the sand dunes
On the beach of no footprints to harpsichord tunes.

A throne of white ivory, a gown of white lace
Lies still in the magic of a timeless place.
One hundred small children, they laugh at the white doves
That rest on their hands with the touch of love.

On a hillside of velvet the children they lay down
And make fun of the grown-ups with their silly frown.
And the sound of their laughter is the sound of the green sea
As it washed around the foot of the seashell tree.

The doves circle over and land in the trees
Where parrots are talking their words with such ease.
Thus spoke three wizards to the young ones that day:
"There's sadness in the kingdom, make it go far away."

If you follow the sunbeams through the valley of flowers
To the palace of the White Queen with its white jade towers.
The youngest, she sighed then the clouds drew away
And a hundred small fingers scratched their heads in dismay.

From out of the sun a giant gull came flying
And the children got ready to sit on its wings.
They waved to the raindrops as they soared over the trees
The wind tossed their hair high, flashing gold on the sea.

They came to the castle and there they did fall,
And they saw all the sadness, through the crystal wall.
A princess lay a-sleeping so gentle and kind
Whilst her prince took to battle with his confused mind.

The clash of bright metal brought the children fear,
But their cloaks of blue satin dried up all of these tears.
Thus children held hands and they spelled out their name
All the golden children became a golden chain.

It lies on a white throne in a magic place
With a tunic of velvet and a gown of white lace.
My sword, it lies broken and cast in a lake
In a dream I was told that my princess would wake" (1)

donovan


(1) retirado do cd de donovan, sunshine superman (1966) e daqui.

23.9.09

a noite abrir-nos-á



(fotografia de ryan mcginley, "sean (inside heart)", 2008/2009)


23.

a glande abre o corpo
no suspiro do órgão:
vertente vermelha do desejo.

jorge vicente

os dez mandamentos



(fotografia de william greiner, "green wall with hole, bogalusa, LA", 1993)


"Vou começar por uma afirmação que te deixará assustado - e que talvez fira as susceptibilidades de muitas pessoas: os Dez Mandamentos não existem.

Oh, meu Deus, não existem?

Não, não existem. Quem comandaria eu? A Mim Mesmo? E para que seriam necessários tais mandamentos? Tudo o que eu quero é. N'est-ce pas? Qual, então, a necessidade de dar ordens a alguém?

E se Eu emitisse mandamentos não seriam eles automaticamente cumpridos? Como poderia Eu desejar, tão ardentemente, que algo acontecesse a ponto de o ordenar - e depois ficar sentado a ver que isso não acontecia?

Que espécie de rei faria uma coisa dessas? Que espécie de governante?

E contudo fica sabendo: não sou nem rei nem governante. Sou simplesmente - e reverencialmente - o Criador. Mas o Criador não governa, limita-se a criar, criar - a criar sempre.

Criei-te - abençoei-te - à Minha imagem e semelhança. Fiz-te certas promessas e comprometimentos. Disse-te, em linguagem corrente, como te sentirás quando te tornares uno Comigo.

Tu és, como Moisés foi, um homem que procura ansiosamente a verdade. Também Moisés, tal como tu agora, se postou diante de Mim implorando respostas. «Ó Deus dos Meus Pais» clamou ele. «Deus do meu Deus, digna-te Mostrar-te. Dá-me um sinal para eu poder dizer ao meu povo. Como podemos saber que somos os escolhidos?

E Eu dirigi-Me a Moisés, tal como agora Me dirijo a ti, com uma aliança divina - uma promessa eterna - um verdadeiro e sólido compromisso. «Como posso ter a certeza?», perguntou Moisés, suplicantemente. «Porque eu assim te disse», respondi Eu. «Tens a Palavra de Deus.»

E a Palavra de Deus não foi um mandamento mas sim uma aliança. Estes, são, portanto, os...

DEZ COMPROMETIMENTOS

Saberás que trilhaste o caminho para Deus, e saberás que encontraste Deus, pois haverá estes sinais. estas indicações, estas mudanças em ti:

1. Amarás Deus com todo o teu coração, toda a tua mente, toda a tua alma. E não haverá nenhum outro deus colocado à minha frente. Não mais venerarás o amor humano, o êxito, o dinheiro, ou o poder, nem nenhum outro símbolo que venha a existir. Porás de lado essas coisas tal como uma criança põe de lado os brinquedos. Não porque sejam indignas mas porque já te desinteressaste delas.

E saberás que trilhaste o caminho para Deus porque:

2. Não usarás o nome de Deus em vão. Nem Me invocarás por coisas frívolas. Entenderás o poder das palavras e dos pensamentos e nem pensarás em invocar o nome de Deus de uma forma profana. Não usarás o Meu nome em vão porque não podes. Pois o Meu nome - o grande «Eu Sou» - nunca é usado em vão (isto é, sem consequência), nem jamais poderá sê-lo. E quando encontrares Deus saberás isso.

E dar-te-ei, também, estes outros sinais:

3. Lembrar-te-ás de guardar um dia para Mim, e chamar-lhe-ás santo. Isso para que não permaneças muito tempo na tua ilusão, mas te leve a recordar quem e o que tu és. E depois em breve chamarás Sabbath a todos os dias, e santos a todos os momentos.

4. Honrarás a tua mãe e o teu pai - e saberás que és o Filho de Deus quando honrares o teu Deus Pai/Mãe em todas as coisas que disseres, fizeres ou pensares. E ao honrares o Deus Pai/Mãe, e o teu pai e a tua mãe na Terra (pois eles deram-te a vida), honrarás igualmente todas as pessoas.

5. Sabes que encontraste Deus quando perceberes que não matarás (ou seja, que não matarás voluntariamente, sem razão). Pois ao entenderes que não podes acabar com outra vida numa dada situação (toda a vida é eterna), não decidirás pôr termo a uma determinada encarnação, nem mudar nenhuma energia vital de uma forma para outra sem a mais sagrada justificação. O teu novo respeito pela vida fará com que honres todas as formas de vida - incluindo plantas, árvores e animais - e que as destruas apenas quando for pelo bem mais sublime.

E enviar-te-ei também estes outros sinais para que possas saber que estás no caminho certo:

6. Não profanarás a pureza do amor com deslealdade e enganos pois será um acto adúltero. Prometo-te que, depois de encontrares Deus, não cometerás esse adultério.

7. Não tomarás uma coisa que não te pertença, nem enganarás, serás conivente, ou prejudicarás outrem para obteres algo, pois isso seria roubar. Prometo-te que, depois de encontrares Deus, não roubarás.

Nem...

8. Afirmarás uma coisa que não é verdade, levantando assim um falso testemunho.

Nem...


9. Cobiçarás a mulher do próximo, pois para que hás-de querer a mulher do próximo quando sabes que tens por esposa todas as outras?

10. Cobiçarás os bens do próximo, pois para que hás-de querer os bens do próximo quando sabes que todos os bens podem ser teus e que todos os bens pertencem ao mundo?

Saberás que encontraste o caminho para Deus quando vires estes sinais, pois garanto-te que ninguém que verdadeiramente procure Deus voltará a fazer essas coisas. Seria impossível manter tais comportamentos.

Estas são as tuas liberdades, não as tuas restrições. Estes são os meus comprometimentos, não os meus mandamentos. Pois Deus não manda naquilo que Deus criou - Deus limita-se a dizer aos filhos de Deus: é assim que sabereis que estão a chegar a casa.

Moisés perguntou com toda a sinceridade: «Como posso saber? Dá-me um sinal.» Moisés fez a mesma pergunta que tu fazes agora. A mesma pergunta que todas as pessoas em todo o lado têm feito desde o princípio dos tempos. A minha resposta é igualmente eterna. Mas nunca foi, nem nunca será, um mandamento. Para a quem devo Eu dar ordens? E quem devo castigar caso os Meus mandamentos não sejam cumpridos?

Existe apenas Eu." (1)

neale donald walsch


(1)WALSCH, Neale Donald - Conversas com Deus. 14ª ed. Cascais: Sinais de Fogo, 2003. ISBN 972-8541-05-8. pg. 124-127.

22.9.09

a cerimónia do adeus



(fotografia de chris verene, "sabbath", 2004)

"Desculpa, mas tenho de Te interromper outra vez. Então e aquela pessoa que está doente mas tem uma fé que move montanhas - e por isso pensa, diz e acredita, que vai ficar melhor... mas acaba por morrer seis semanas depois. Como é que isso se enquadra nessa história toda do pensamento positivo, da acção construtiva?

Essa é boa. Estás a fazer as perguntas difíceis. Óptimo, não te limitas a aceitar a Minha palavra. Há um aspecto, lá mais para diante, em que terás de aceitar mesmo a Minha palavra - porque acabarás por descobrir que podemos discutir isso eternamente, tu e Eu, até não restar senão uma única coisa a fazer: «experimentá-la ou rejeitá-la». Mas ainda não chegámos lá. Por isso mantenhamos o diálogo, continuemos a conversar...

A pessoa que tem a «fé que move montanhas» e morre seis semanas depois moveu montanhas durante seis semanas. Talvez para ela tenha sido o bastante. Pode ter decidido, na última hora do último dia: «Está bem, já chega. Agora estou pronto para iniciar uma outra aventura.» Talvez os outros não saibam dessa decisão por ela não lhes ter dito. A verdade é que até pode ter tomado essa decisão muito antes - dias, semanas antes - e não ter dito nada aos outros; não ter dito nada a ninguém.

Vocês criaram uma sociedade na qual não é lá muito correcto uma pessoa desejar morrer - não muito correcto estar de pleno acordo com a morte. Como não querem morrer, não conseguem imaginar que alguém queira - seja em que circunstâncias for.

Mas há muitas situações nas quais a morte é preferível à vida - sei que entenderás isso se pensares um bocadinho. No entanto, essas verdades não te ocorrem - não são assim tão óbvias - quando fitas o rosto de alguém que prefere morrer. E a pessoa que está a morrer sabe isso. Consegue aperceber-se do grau de aceitação que reina, no quarto, com respeito à sua decisão.

Já reparaste na quantidade de pessoas que esperam que o quarto fique vazio para morrerem? Algumas até têm de dizer aos seus entes queridos: «Não, a sério, vão se embora. Vão comer qualquer coisa.» Ou «Vai dormir um bocadinho. Eu estou bem. Até amanhã de manhã.» E depois, quando o fiel guardião parte, a alma faz o mesmo, partindo do corpo do guardado.

Se dissessem ao grupo de parentes e amigos «Só desejo morrer», eles diriam: «Ah, não estás a falar a sério» ou «Ora, deixa-te disso», «Coragem!» ou «Por favor, não me deixes".

Todos os profissionais de saúde estão treinados para manter as pessoas vivas e não para as manter confortáveis a fim de que possam morrer com dignidade.

Como sabes, para um médico, para uma enfermeira, a morte é um fracasso. Para um amigo ou parente, a morte é uma tragédia. Só para a alma é que a morte é um alívio - uma libertação. O melhor presente que podes dar aos moribundos é deixá-los morrer em paz - sem pensares que devem «resistir», continuar a sofrer ou a preocupar-se contigo nessa fase crucial das suas vidas.

É o que muitas vezes terá acontecido no caso do homem que diz que vai viver, acredita que vai viver, que até reza para viver: é que, ao nível da alma, tenha «mudado de ideias». Está agora na altura de largar o corpo, para libertar a alma para outras demandas. Quando a alma toma essa decisão, nada que o corpo faça pode alterá-la. Nada que a mente pense pode alterá-la. É no momento da morte que ficamos a saber quem é que, no triunvirato corpo-mente-alma, detém o comando.

Durante toda a tua vida julgas que és o teu corpo. Uma parte do tempo achas que és a tua mente. É na altura da morte que descobres Quem Realmente És.

Ora há também momentos em que o corpo e a mente não dão ouvidos à alma. Situação que cria, também, o cenário que descreveste. A maior dificuldade que as pessoas têm é ouvir a sua própria alma. (Repara como são poucos os que os fazem.)

Ora acontece muitas vezes que a alma decide que está na altura de deixar o corpo. O corpo e a mente - eternos servos da alma - ouvem isso e inicia-se o processo de desprendimento. Só que a mente (ego) não quer aceitar. Afinal de contas, será o fim da sua existência. Por isso dá instruções ao corpo para que resista à morte. O que o corpo faz com toda a satisfação, pois também não quer morrer. Ao fazerem isso, o corpo e a mente (ego) recebem grande incitamento, grandes elogios do mundo exterior - o mundo da sua criação. Portanto, a estratégia confirma-se.

Ora, nesta altura tudo depende de quão forte é o desejo que a alma tem de partir. Se não houver uma grande urgência, a alma poderá dizer: «Está bem, vocês ganharam. Ficarei convosco mais uns tempos.» Mas se alma deixar bem claro que ficar não serve os seus mais sublimes propósitos - que já não tem qualquer hipótese de evoluir através daquele corpo - acaba por partir mesmo e nada a deterá - nem nada deverá detê-la.

A alma deixa ficar muito claro que o seu propósito é a evolução. É esse o seu único propósito - e o seu íntimo propósito. Não tem nada a ver com as realizações do corpo ou com o desenvolvimento da mente. Para a alma, nada disso tem importância.

A alma também deixa ficar claro que abandonar o corpo não é nenhuma tragédia. Em muitos aspectos, a tragédia é estar dentro do corpo. Por isso tens de entender que a alma encara toda esta história da morte de uma forma diferente. E, claro, também encara de forma diferente toda esta «história da vida» - e é isso que origina grande parte da frustração e ansiedade que uma pessoa sente na sua vida. A frustração e a ansiedade surgem por não se dar ouvidos à própria alma." (1)

neale donald walsch


(1) WALSCH, Neale Donald - Conversas com Deus. 14ª ed. Cascais: Sinais de Fogo, 2003. ISBN 972-8541-05-8. pg. 104-107.

21.9.09

pecado



(fotografia de keith carter, "fallen giant", s/d)


"Se o pecado fosse coisa que existisse, isso sê-lo-ia: permiteres-te tornar-te aquilo que és por causa da experiência de outrem. É esse o "pecado" que cometeram. Todos vós. Não esperam pela vossa própria experiência, aceitam a experiência de outros como um evangelho (literalmente) e depois, ao encontrarem pela primeira vez a verdadeira experiência, levam para esse encontro a sobrecarga daquilo que acham que já sabem" (1)

neale donald walsch


(1) WALSCH, Neale Donald - Conversas com Deus. 14ª ed. Cascais: Sinais de Fogo, 2003. ISBN 972-8541-05-8. pg.85.

o que é o mal




(fotografia de dieter appelt, "erinnerungsspur: schneeloch", s/d)

"O mal é aquilo a que vocês chamam mal. Contudo, até isso Eu amo pois é somente através daquilo a que chamam mal que podem conhecer o bem; somente através daquilo a que chamam obra do Diabo podem conhecer e executar a obra de Deus. Não gosto mais do quente que do frio, do alto que do baixo, da esquerda que da direita. É tudo relativo. É tudo parte do que existe.

Não amo mais o "bom" que o mau. Hitler foi para o Céu. Quando entenderes isso, entenderás Deus." (1)

neale donald walsch



(1) WALSCH, Neale Donald - Conversas com Deus. 14ª ed. Cascais: Sinais de Fogo, 2003. ISBN 972-8541-05-8. pg.83.

15.9.09

"lyra's oxford", de philip pullman



depois de ter publicado aquela que é considerada uma das mais importantes trilogias de fantasia, his dark materials, philip pullman decidiu revelar mais um pouco desse estranho, mas delicioso, mundo de lyra. desta vez, não apela ao nosso mundo nem aos incontáveis mundos paralelos que constituíam, a par com a exploração do daimon grego, aquilo que caracterizava a obra de pullman. neste livro, o escritor inglês narra uma pequena história acontecida no estranho mundo de lyra. é muito interessante, apesar de estar uns furos abaixo da trilogia (como seria de esperar).

jorge vicente

a noite abrir-nos-á




(fotografia de larry clark, "untitled [tl46]", 1972)


22.

se não permanecer no
meu centro, toda a
sombra chamará
do meu sexo

a palavra (voz) do
réptil.

jorge vicente

a noite abrir-nos-á



(escultura de jannis kounellis, "untitled", 1994)

21.

o anjo é o limite do
filho - o som que diz
do círculo em redor
do covil.

jorge vicente

a noite abrir-nos-á



(gravura de jannis kounellis, "untitled (trittico) 3", 1998)


20.

a sombra abre-se no
preciso instante em
que a luz se invoca

(de fogo)

clamor negro de voz,
urro, som de vértebra,
o pequeno livro em
silêncio/pedaços de
papiro

suspiro o som-leve-om

(escuridão invocada
de ascensão).

jorge vicente

13.9.09

a noite abrir-nos-á



(fotografia de sophie calle, "où et quand? berck", 2004-2008)


19.


a palavra: arremesso de som
no caule sempre aberto do
verso

simples ruído, que não diz nada
nem do tom desafiador
da pele

a única voz é a que
precede o grito: a aorta
desafiando o olhar de
quem não vê.

jorge vicente

axioma



(fotografia de sophie calle, "untitled", 1983)


"Se não
for por dentro
fico por fora" (1)

neale donald walsch


(1) WALSCH, Neale Donald - Conversas com Deus. 14ª ed. Cascais: Sinais de Fogo, 2003. ISBN 972-8541-05-8. pg.64.

l'enfer



(fotografia de richard avedon, "ezra pound, poet, rutherford, new jersey, at the home of antonio carlos williams", 1958)


"O que é o Inferno?

É a experiência do pior dos desfechos possíveis das tuas escolhas, decisões e criações. É a consequência natural de qualquer pensamento que Me negue ou que se oponha a que sejas Quem Tu És em relação a Mim.

É a dor que sentes por causa de um juízo errado. Contudo, até mesmo a designação «juízo errado» está incorrecta pois essa coisa do «errado» não existe.

O Inferno é o oposto da alegria. É a não realização pessoal. É saberes Quem e O Que Tu És e não conseguires experiênciá-lo. É ser menos. É isso o Inferno, e não há maior Inferno que esse para a tua alma.

No entanto, o Inferno não existe como esse local que vocês fantasiaram, onde se arde num fogo eterno ou se existe num estado de perpétuo sofrimento. Que interesse poderia Eu ter nisso? Mesmo que Me assaltasse o extraordinariamente ímpio pensamento de que não «mereciam» o Céu, que necessidade tinha Eu de arranjar algum tipo de vingança ou castigo pelos vossos erros? Não seria mais fácil, para Mim, livrar-me pura e simplesmente de vocês? Que parte vingativa de Mim Mesmo exigiria que vos sujeitasse a um sofrimento eterno de um tipo e grau indescritíveis?

Se me responderes que é por uma necessidade de justiça, não bastaria então para isso a simples interdição de se juntarem a mim no Céu? Será também obrigatório infligir-vos uma dor sem fim?

Digo-te que essa experiência depois da morte, tal como a descreveram nas vossas teologias assentes no medo, não existe. Existe, no entanto, uma experiência anímica tão triste, tão incompleta, tão desgarrada do todo, tão separada da sublime alegria de Deus, que para a tua alma isso será o Inferno. Mas garanto-te que não sou Eu quem vos manda para lá, nem faço com que tal experiência vos seja imposta. São vocês mesmos que criam a experiência sempre que se alheiam do vosso mais sublime pensamento acerca de vós mesmos. Criam pois essa experiência sempre que se negam a vós próprios; sempre que rejeitam Quem e O Que Realmente São" (1)

neale donald walsch


(1) WALSCH, Neale Donald - Conversas com Deus. 14ª ed. Cascais: Sinais de Fogo, 2003. ISBN 972-8541-05-8. pg.59, 60.

12.9.09

la douleur



(fotografia de richard avedon, "bert lahr, actor in beckett's waiting for godot, new york", 1956)


"A dor resulta de um juízo que fizeste sobre uma coisa. Sem esse juízo, a dor desaparece. Um juízo baseia-se, muitas vezes, na experiência anterior. A tua ideia a respeito de uma coisa deriva de uma ideia prévia acerca dessa coisa. A tua ideia prévia resulta de uma ideia ainda mais anterior - e essa de uma outra, e assim por diante, como uma sequência, até recuares ao salão de espelhos a que Eu chamo primeiro pensamento. Todo o pensamento é criativo e não há nenhum que seja mais poderoso que o pensamento original. Por isso é que às vezes também se designa por pecado original.

Pecado original é quando o teu primeiro pensamento sobre uma coisa está errado." (1)

neale donald walsch



(1) WALSCH, Neale Donald - Conversas com Deus. 14ª ed. Cascais: Sinais de Fogo, 2003. ISBN 972-8541-05-8. pg.57.

uma história



(fotografia de richard misrach, "golden gate, 8.26.1999, 5.47-6.15 am", 1999)


"Houve em tempos uma alma que se conhecia como sendo a luz. Era uma alma nova que, por isso, ansiava pela experiência. «Eu sou a luz», dizia ela. «Eu sou a luz». Mas nem todo esse conhecimento e essa proclamação podiam substituir a experiência. E no reino de onde essa alma vinha, luz era tudo o que havia. Todas as almas eram sublimes, todas as almas eram magnificentes e todas cintilavam com o brilho da Minha excelsa luz. E por isso, a pequena alma em questão era como uma bela ao sol. No meio da luz mais radiosa - da qual fazia parte -, não conseguia ver-se a si mesma nem experienciar-se como Quem e O Que Realmente É.

Ora acontece que essa alma ansiava cada vez mais por esse autoconhecimento. E tão grande era a sua ânsia que Eu um dia lhe perguntei:

- Sabes o que deves fazer para satisfazer essa tua ânsia, Pequenina?

- Ah, o quê, Deus? O Quê? Farei seja o que for! - afirmou a pequena alma.

- Deves separar-te de nós todos - respondi-lhe -, e depois deves cobrir-te de escuridão.

- O que é a escuridão, ó Sagrado? - perguntou a pequena alma.

- Aquilo que tu não és - repliquei, e a alma entendeu.

E foi isso que a alma fez, isolando-se de todos, sim, sim, entrando mesmo num outro domínio. E, nesse domínio, a alma teve o poder de evocar para a sua experiência toda a espécie de escuridão. E assim fez.

Mas, no meio de toda a escuridão, pôs-se a gritar «Pai, Pai, porque me abandonaste?». Tal como vocês fazem nos momentos mais negros. Eu, porém, nunca vos abandonei, estou sempre a vosso lado, pronto a recordar-vos de Quem Realmente São; pronto, sempre pronto, a trazer-vos para casa.

Por conseguinte, sê uma luz na escuridão e não a amaldiçoes.

E não te esqueças de Quem És no momento em que te vires rodeado por aquilo que não és. Mas louva a criação mesmo enquanto procuras alterá-la.

E fica sabendo que aquilo que fazes na altura da tua maior provação pode ser o teu maior triunfo. Pois a experiência que crias é um testemunho de Quem Tu És - Quem Tu Queres Ser
." (1)

neale donald walsch


(1) WALSCH, Neale Donald - Conversas com Deus. 14ª ed. Cascais: Sinais de Fogo, 2003. ISBN 972-8541-05-8. pg. 52, 53.

10.9.09

saudade de deus



(fotografia de ilse bing, "untitled (circus)", 1936)


"A tua função na Terra não é, portanto, aprender (porque já sabes) mas sim re-membrar Quem Tu És. E re-membrares quem todos os outros são. É por isso que uma boa parte da tua função é fazer lembrar aos outros (isto é, recordar-lhes) para que eles possam, também, re-membrar.

É precisamente o que têm feito todos os extraordinários Mestres espirituais. É o vosso único propósito. Ou seja, o propósito da vossa alma." (1)

neale donald walsch



(1) WALSCH, Neale Donald - Conversas com Deus. 14ª ed. Cascais: Sinais de Fogo, 2003. ISBN 972-8541-05-8. pg. 47.

9.9.09

what is prayer



(fotografia de imogen cunningham, "edward weston and margrethe mather", s/d)


"Por conseguinte, a prece correcta nunca é uma prece de súplica mas sim de gratidão.

Quando agradecem a Deus antecipadamente por aquilo que decidem experienciar na vossa realidade, estão, com efeito, a admitir que isso existe... efectivamente. O reconhecimento é, pois, a mais forte afirmação de Deus; uma certeza de que, mesmo antes de pedirem, Eu já atendi o pedido.

Portanto, nunca supliquem. Agradeçam." (1)

neale donald walsch


(1) WALSCH, Neale Donald - Conversas com Deus. 14ª ed. Cascais: Sinais de Fogo, 2003. ISBN 972-8541-05-8. pg. 28.

8.9.09

imagination and the experience of god



(fotografia de imogen cunningham, "on mt. rainer #1", 1915)


"Como posso ter a certeza de que esta comunicação vem de Deus? Como hei-de saber que não se trata da minha própria imaginação?

Qual é a diferença? Não vês que Eu posso, com toda a facilidade, comunicar através da tua imaginação como de qualquer outra coisa? Transmitir-te-ei, a qualquer momento, os pensamentos, palavras e sentimentos certos e exactos, precisamente adequados ao objectivo em causa, utilizando um ou vários meios. Saberás que estas palavras vêm de Mim porque tu, de moto próprio, nunca as proferiste de forma tão clara." (1)

neale donald walsch



(1) WALSCH, Neale Donald - Conversas com Deus. 14ª ed. Cascais: Sinais de Fogo, 2003. ISBN 972-8541-05-8. pg. 23.

7.9.09

a experiência de deus: and god called the mystics to His heart...



(fotografia de imogen cunningham, "magnolia blossom", 1925)


"Agora, a maior das ironias é o facto de todos vocês terem dado tanta importância à palavra de Deus e tão pouca à experiência.

Com efeito, atribuem tão pouco valor à experiência que, quando aquilo que experienciam de Deus difere do que ouviram dizer de Deus, descartam-se automaticamente da experiência e apossam-se das palavras, quando devia ser precisamente o contrário.

A vossa experiência e os vossos sentimentos a respeito de qualquer coisa representam aquilo que conhecem, factual e intuitivamente, dessa coisa. As palavras apenas conseguem simbolizar e, muitas das vezes confundir aquilo que conhecem" (1)

neale donald walsch


(1) WALSCH, Neale Donald - Conversas com Deus. 14ª ed. Cascais: Sinais de Fogo, 2003. ISBN 972-8541-05-8. pg. 21.

oscar baedecker



(esculturas situadas na torre do relógio do Magdalen College, Oxford. As esculturas foram esculpidas entre 1492 e 1505)


"...Oxford, where the real and the unreal jostle in the streets; where North Parade is in the south and South Parade is in the north, where Paradise is lost under a pumping station;(1) where the river mists have a solvent and vivifying effect on the stone of the ancient buildings, so that the gargoyles of Magdalen College climb down at night and fight with those from Wykeham, or fish under the bridges, or simply change their expressions overnight; Oxford, where windows open into other worlds..."

Oscar Baedecker, The Coasts of Bohemia" (2)

(1) The old houses of Paradise Square were demolished in order to make an office block, in fact, not a pumping station. But Baedecker, for all his wayward charm, is a notoriously unreliable guide.

(2) BAEDECKER, Oscar apud PULLMAN, Phillip - Lyra's oxford. 2ª edição. London: Corgi, 2007. ISBN 978-0-552-55751-1. p. [5].

6.9.09

philip pullman, the amber spyglass




não deixa de ser interessante constatar que, num mundo dominado pelas aventuras de harry potter e por milionésimas versões d'O Senhor dos Anéis, se façam obras tão singulares e tão inteligentes como a trilogia de philip pullman his dark materials. tal como já foi dito antes (ver aqui), esta obra é uma das mais espectaculares e controversas da moderna literatura fantástica e não deve muito a tolkien. de facto, o que o autor pretende é criar uma espécie de realismo mágico, ou, para estarmos de acordo com as palavras de pullman, realismo puro e duro.

"I have said that His Dark Materials is not fantasy but stark realism, and my reason for this is to emphasise what I think is an important aspect of the story, namely the fact that it is realistic, in psychological terms. I deal with matters that might normally be encountered in works of realism, such as adolescence, sexuality, and so on; and they are the main subject matter of the story – the fantasy (which, of course, is there: no-one but a fool would think I meant there is no fantasy in the books at all) is there to support and embody them, not for its own sake.

Dæmons, for example, might otherwise be only a meaningless decoration, adding nothing to the story: but I use them to embody and picture some truths about human personality which I couldn't picture so easily without them. I'm trying to write a book about what it means to be human, to grow up, to suffer and learn. My quarrel with much (not all) fantasy is it has this marvelous toolbox and does nothing with it except construct shoot-em-up games. Why shouldn't a work of fantasy be as truthful and profound about becoming an adult human being as the work of George Eliot or Jane Austen?"

(retirado daqui)

e é justamente neste ponto (assim como em outros) que o autor difere da maior parte da literatura fantástica contemporânea: a importância dada às personagens, ao seu crescimento, à sua história, à sua evolução. a importância do daimon, retirada do imaginário greco-latino, é aqui fundamental: o daimon simboliza o nosso demónio / espírito interior, aquilo em que acreditamos, a nossa identidade, a nossa força, mas também as nossas fraquezas. foi muito interessante descobrir que, apesar de, no mundo de lyra, os génios / daimons estarem visíveis para toda a gente, no nosso próprio mundo, eles também existem, mas precisamos de os procurar. em civilizações tão antigas como a africana, os homens primitivos marcavam nas madeiras os animais de poder, ainda hoje visíveis nos totéms. num sistema de desenvolvimento pessoal como a biodança, dança-se os animais da natureza: o hipopótamo, que simboliza o nosso lado bonacheirão e de prazer de viver; a garça, que simboliza a liberdade, o tigre o nosso lado mais vital e a cobra, que simboliza o nosso lado mais sensual e rastejante. no fundo, temos dentro de nós milhares e milhares de animais.

outro aspecto muito interessante do livro, especialmente neste último the amber spyglass e que me deixou maravilhado foi a ida ao reino dos mortos: não me lembro de nenhum romance fantástico que tenha evocado de maneira tão inteligente o imaginário da grécia: o hades, o rio aqueronte, a barca de caronte, as harpias. e, claro, a crítica ao imaginário cristão simbolizado pela morte do criador, pelo retorno de lúcifer ao reino da Autoridade, aqui simbolizado por Lorde Asriel.

um livro maravilhoso.

jorge vicente

5.9.09

apresentação apadrinhamento UPG



(imagem da joana, que ainda não tem padrinho retirada daqui)

meus queridos amigos, muitos de vocês sabem, mas eu estou envolvido num projecto muito bonito chamado "Um Pequeno Gesto, Uma Grande Ajuda". o projecto foi iniciado pela minha prima sara vicente, em 2004, altura em que ela foi como voluntária para moçambique, para a zona do xai-xai. vendo como a situação era gravíssima, decidiu implantar um sistema de apadrinhamento de crianças devendo o padrinho pagar cerca de 135/175 euros por ano (ou 50c por dia).

o que é que esse pagamento proporciona às crianças durante o ano? apoio na educação: matrículas, material escolar, transporte e uniforme; apoio na alimentação, apoio na saúde, no vestuário e no alojamento. é um projecto fantástico e falo por mim: é extremamente gratificante vermos os sorrisos dos nossos afilhados quando recebem algum presente nosso ou algumas das nossas cartas :)

participem! estamos a precisar de novos padrinhos!

sorrisos para todos
jorge vicente


tirado do site:

"padrinhar uma criança é Um Pequeno Gesto
􀂙 Custa apenas €135-175 por ano (ou 50c por dia)
􀂙 O pagamento ocorre em Outubro-Dezembro, para o início do ano escolar em
Fevereiro
􀂙 Apesar de não serem obrigados a um compromisso de longo prazo, encorajamos os
padrinhos a pensarem no Apadrinhamento como uma contribuição multi-anual
􀂙 Se preferir um donativo pontual, contribua para um dos nossos projectos!
􀂙 Encorajamos todos os padrinhos a entrar em contacto com o seu afilhado/a. A Um
Pequeno Gesto dá-lhes comida e educação, o padrinho dá-lhe amor e atenção
􀂙 Encorajamos todos os padrinhos a visitar a o seu afilhado/a. As crianças adoram visitas e
nunca se esquecerão do dia em que conhecem o seu padrinho
􀂙 Não encorajamos que as crianças saiam de Moçambique já que queremos evitar criar
necessidades que a criança no sente até ser deslocada do seu mundo
􀂙 Para ser padrinho, envie-nos um email para geral@umpequenogesto.org com os seguintes
dados
􀂙 Nome do(s) padrinho(s), morada e contacto telefónico
􀂙 Nome completo e número de contribuinte
􀂙 Número de crianças a apadrinhar, preferência de gênero e idade

Acreditamos na transparência e no contacto directo
􀂙 Queremos que o Padrinho saiba o máximo possível sobre o seu afilhado/ a
􀂙 O Padrinho pode contactar directamente o parceiro local responsável pelo afilhado/a
􀂙 Contacto pode ser feito por telefone, e-mail ou carta (e-mail pode ser impresso e
entregue à criança)
􀂙 A Um Pequeno Gesto compromete-se a dar-lhe a seguinte informação anualmente
􀂙 Fotografia actualizada
􀂙 Informação sobre a situação familiar, escolar e de saúde
􀂙 Cartões de Páscoa e de Natal: um desenho ou uma carta do seu afilhado,
dependendo da idade
􀂙 Adicionalmente, a Um Pequeno Gesto procura activamente dar aos Padrinhos notícias
frequentes da vida no Orfanato ou na Escola, das actividades extra-curriculares e de
alterações significativas na vida dos afilhados
􀂙 Comprometemo-nos também a procurar dar uma resposta atempada às cartas e
encomendas dos padrinhos
􀂙 Confirmação da chegada (por e-mail, sms ou carta)
􀂙 Fotografia com os presentes (se aplicável)
􀂙 Carta de agradecimento ou resposta do afilhado

Quem são as crianças apadrinhadas?
São crianças Moçambicanas em idade pré-escolar e escolar, dos 0 aos 18 anos, da província de
Gaza
Posso escolher a criança que quero apadrinhar?
Os nossos parâmetros de escolha são apenas idade, sexo e às vezes nome próprio! Fazemos os
possíveis para que a preferência dos padrinhos seja concretizada, no entanto, não podemos
garantir visto que nem sempre as características que procuram se adequam às crianças que
temos no momento a precisar de ajuda.
Posso enviar presentes para o meu afilhado?
Claro que sim, e eles vão gostar muito. Pode enviar cartas, presentes ou outros bens que achar
convenientes. Incentivamos a relação padrinho – afilhado e teremos todo o gosto em ajudá-lo a
planear a entrega dos presentes.
O que precisam mais as crianças?
A UPG apenas lhes dá os bens básicos. Todo o material escolar, vestuário e claro, brinquedos
extra são uma grande mais valia. Por favor limite as suas encomendas a caixas de 2kgs.
O meu dinheiro é utilizado para que fim?
As ajudas financeiras são normalmente utilizadas em: alimentação, educação, vestuário e
saúde.
Como me podem garantir que a ajuda financeira dos padrinhos é bem utilizada?
A Um Pequeno Gesto, tem parcerias com responsáveis locais que fazem o levantamento das
necessidades e certificam que toda a ajuda que recebemos é direccionada para onde é mais
necessária."

site: http://www.umpequenogesto.org/umpequenogesto/pt/index.html
blog: http://umpequenogestoumagrandeajuda.blogspot.com
um vídeo no youtube: