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23.8.09

ishi, karma e reencarnação




a primeira vez que tive contacto com ishi foi através do seu livro sexo tântrico, publicado pela colares editora em 2002. não o cheguei a comprar, mas despertou-me a atenção até porque a problemática do sexo tântrico estava a ser massificada até ao exagero nos jornais-tablóides nacionais. o livro de ishi parecia-me escrito por um oriental ou, pelo menos, por alguém profundamente influenciado pela verdadeira cultura oriental. anos mais tarde, comprei este karma e reencarnação, mas nessa altura já conhecia razoavelmente bem o trabalho de ishi embora nunca tivesse desenvolvido nenhuma actividade com ele.

ishi é (foi?) o responsável pela academia satsanga, uma das inúmeras academias/escolas de consciência desenvolvidas um pouco por todo o país. de acordo com o site, é "um encontro eclético entre o budismo e a moderna neurociência, de uma forma simples e acessível" (1). nela, desenvolvem-se várias práticas entre as quais: lama Yoga, treino psíquico e desenvolvimento emocional, meditação pura e meditação satsanga.

o livro de ishi, karma e reencarnação é, assim, o produto de um estudo muito profundo sobre toda a filosofia taoísta, budista, sobre o karma e sobre o fenómeno da reencarnação. não tem nem pode ter a profundidade filosófica de um estudo budista, mas é dos melhores que se pode arranjar sobre o tema, escrito por um português. é profundamente maduro, inteligente e perspicaz, até mesmo na crítica que faz a certos aspectos do budismo ou do taoísmo que estão profundamente enraízados na cultura oriental, mas que não se aplicam à nossa cultura, mais voltada para fora, para a vida activa. ou seja, para um povo que não consegue entender a pureza dos ventos dos himalaias.´

jorge vicente




(1) Site da Academia Satsanga [Em Linha]. [Consult. 29. Jun. 2009 04.17] Disponível em WWW: http://ishi.no.sapo.pt/academia.htm

26.7.09

a vida



(pintura de andré derain, "la musique", circa 1904-1905)


"Uma das coisas importantes a reflectir é a da continuidade perene da vida. Deste facto, encontramos a sua primeira experiência transcendente no que se inicia no nascimento e termina na morte. A vida, em si mesma, nunca é independente nem se confina aos limites do corpo. É muito maior do que isso porque integrada no todo universal. A vida é a existência em constante transformação." (1)

ishi



(1)ISHI - Karma e Reencarnação. Carcavelos: Angelorum, 2003. ISBN 972-8680-73-2. pg. 78.

25.7.09

as orações do pai-nosso e da ave maria segundo a perspectiva de ishi



(pintura de milton avery, "crucifixion", 1946)


"Naquela igreja rezou-se um rosário. Estive atento às duas orações, ao «Pai Nosso» e à «Avé Maria». A primeira é linda e incrementadora da consciência, obra do iluminado Jesus; «venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade.» O Universo e a sua Lei Universal, também o Dharma como vontade transcendente.

Jesus também nos lembrou de outra coisa: «Deus é Amor». E se o amor é a essência de Deus, encontraremos e perceberemos Deus vivendo o amor.

A segunda, a «Avé Maria», é nitidamente obra do homem comum, do homem da igreja, do seguidor e não do discípulo, do que teima em nada aceitar, aprender e compreender. A sua primeira frase é simples graxa para meter uma cunha. «Bendita sois vós entre as mulheres, bendito é o fruto do vosso ventre». Enche-se o ego de Maria, como qualquer mulher comum, para passar ao cravanço que se segue: «Rogai por nós pecadores, agora e na hora da nossa morte.»

Pecadores? Rogai por nós? Pecadores por termos Deus omnipresente no meio de nós? Por sermos feitos à sua imagem e semelhança? Quem se está a julgar, Deus? Rogai por nós? Não somos, por acaso, responsáveis por nós próprios?

Fazemos mal a nós próprios e aos outros, tentando depois safar-nos metendo uma cunha precedida de graxa? No fim, vemos uma cultura, a nossa, de seres que só se tornam religiosos quando estão em aflição." (1)

ishi


(1) ISHI - Karma e Reencarnação. Carcavelos: Angelorum, 2003. ISBN 972-8680-73-2. pg. 75, 76.

26.6.09

as emoções



(desenho de adolf hiremy-hirschl, "study of a despairing female nude", s/d)


"Também é curioso reconhecermos as emoções como única característica comum a todos os seres humanos. Um branco, um negro, um asiático, um índio, um cego, um surdo, um mudo, um paraplégico partilham as mesmas emoções. Através delas todos se conseguem facilmente entender. Um sorriso e uma lágrima não precisam de palavras. Um gesto de afecto também não.

Quando se vive apartado das emoções, vive-se num estado desumano. Somos o atirador dum fuzilamento no momento do disparo, uns mentais cumpridores de ordens. Quando somos só mente, somos máquinas. Quando vivemos as emoções tornamo-nos humanos. E é fácil constatar como um médico de ajuda humanitária acede a praticamente todas as emoções no desempenho da sua missão. Cuidando, curando e gerando vida." (1)

ishi


(1) ISHI - Karma e Reencarnação. Carcavelos: Angelorum, 2003. ISBN 972-8680-73-2. pg. 69

24.6.09

a vida como obra de arte



(pintura de sheldon berkowitz, "harmony", s/d)


"A vida só vale a pena ser vivida como uma obra de arte. Executar a obra de arte reside na nossa naturalidade, na nossa espontaneidade. Só nisso e isso basta. Nasce a verdade. Nova, rica e inspirada. Comungamos a Criação." (1)

ishi



(1)ISHI - Karma e Reencarnação. Carcavelos: Angelorum, 2003. ISBN 972-8680-73-2. pg. 57.

21.6.09

o julgamento



(pintura de alexander olah, "fatherly advice", s/d)


"Julgar é pensar, julgar é atribuir valores externos a algo. Julgar é recusar o que é baseando-nos no passado quando o que é só existe no presente. Julgando, recusamos o que somos; julgando, recusamos o que os outros são e as circunstâncias são. O julgamento é uma magnífica forma de nos enganarmos acerca do que somos e do que os outros são." (1)

ishi

(1)ISHI - Karma e Reencarnação. Carcavelos: Angelorum, 2003. ISBN 972-8680-73-2. pg. 51.

19.6.09

o divino em nós



(estátua etrusca, "une cinéraire avec des époux sur le couvercle", circa 510-500 A.C)


"Deus é Amor, como nos lembrou Jesus de Nazaré. Se Deus é Amor, então o amor será a essência de Deus. Através do amor poderemos viver Deus. Reconhecendon e vivendo o amor existente em nós, permitiremos que Deus se revele nos nossos actos e pensamentos. Únicos, como único é cada momento das nossas vidas." (1)

ishi


(1)ISHI - Karma e Reencarnação. Carcavelos: Angelorum, 2003. ISBN 972-8680-73-2. pg. 37-38.

15.6.09

karma, parte 2



(fotografia de lucien clergue, "mondrian dans l'arène, nîmes", 1989)


"Karma não é uma opção, é um facto. Qualquer pensamento, acto ou emoção resulta sempre em algo. Qualquer acontecimento, seja físico ou intelectual, transforma-se invariavelmente na causa de qualquer efeito." (1)

ishi


(1) ISHI - Karma e Reencarnação. Carcavelos: Angelorum, 2003. ISBN 972-8680-73-2. pg. 23.

11.6.09

a sacralidade da vida



(pintura de marcel dyf, "claudine", s/d)


"É a riqueza do viver, experimentando a vida, que nos torna conscientes do que somos, dos nossos limites e também das nossas capacidades. Sem dor não há noção dos limites; sem prazer não há motivação para avançar. (...) Estar consciente da vida exige um espírito atento e contemplativo, de uma testemunha silenciosa. Um espírito que aceita plenamente os factos para depois saber agir em conformidade." (1)

ishi



(1)ISHI - Karma e Reencarnação. Carcavelos: Angelorum, 2003. ISBN 972-8680-73-2. pg. 18, 19

10.6.09

responsabilidade e culpa



(pintura de stuart semple, "under neon loneliness", 2007)


"Desde a nossa mais tenra idade fomos ensinados a não ser responsáveis. Em vez disso, aprendemos o culto do julgamento, da expectativa e da culpa, baseados em valores que nos são ensinados. Estes valores baseiam-se em morais colectivas, religiões, leis, dogmas e medos. Quem educa uma criança tende, sobretudo, a projectar os seus medos e inseguranças tentando criar o ser que nunca conseguiu ser. No que se sente seguro, não faz pressão deixando a criança descobrir por si. Os factores limitadores do educando correspondem às limitações do educador e não às suas próprias limitações" (1)

ishi

(1)ISHI - Karma e Reencarnação. Carcavelos: Angelorum, 2003. ISBN 972-8680-73-2. pg. 17.