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22.1.09

alain resnais, corações (coeurs)



(cena de coeurs, de alain resnais)


alain resnais é um dos grandes nomes da cinematografia francesa. com já 86 anos, continua em plena forma e a oferecer-nos verdadeiras pérolas da sétima arte. com este coeurs, conta várias histórias, interligadas entre si, com cada uma das personagens a decidir o rumo que outra iria tomar, mesmo que mal se conheçam. se por um lado, temos thierry, o agente imobiliário que tem dificuldades em arranjar uma casa com três assoalhadas para clientes difíceis, por outro temos lionel, o barman que passa a sua triste vida cuidando do pai. mas o melhor é verem: descobrirem as outras histórias, relembrar que ainda se fazem bons filmes e que o exemplo de john huston se mantém bem vivo. para quem ainda não sabe, uma das obras-primas de huston foi justamente feita no final da sua vida, o maravilhoso gente de dublin (no original, the dead).



(cena de Coeurs)

Jorge Vicente

P.S.
Como extra do DVD, vocês podem assistir a vários episódios do muito interessante programa de televisão As Canções que Mudaram a Minha Vida, um programa religioso francês que era amado por Charlotte, uma das personagens do filme. Os convidados do programa são fabulosos e os diálogos ainda mais interessantes, fazendo-nos reflectir sobre a verdadeira natureza da religiosidade e do ser espiritual.

26.12.08

edward burns, sidewalks of new york



(rosario dawson e edward burns, sidewalks of new york)

um óptimo filme acerca da sexualidade nos dias de hoje: sidewalks of new york, realizado por edward burns, jovem actor e realizador nova-iorquino. foi o filme que vi ontem. e gostei bastante.

as histórias do filme são muito simples: griffin, um dentista e polígamo inveterado, tem uma amante há 6 meses; annie, a sua mulher, pensa que ele lhe é fiel e acredita piamente na importância da fidelidade e do casamento cristão, mesmo que esse modelo de casamento e a tal "fidelidade" esteja em crise; maria é uma professora, ex-divorciada; tommy é um produtor de televisão cujo relacionamento acabou e que, após a separação, tem um affair com a professora; ben é porteiro de um hotel, ex-marido de maria e que se apaixona por ashley, a amante de griffin. no fundo, é um mosaico de situações e de compromissos, uma teia de emoções como tantas vezes encontramos no dia-a-dia. em alguns aspectos, faz lembrar woody allen (e que filmes sobre relacionamentos em manhattan não o fazem?) e, talvez, a série ultra-famosa sex and the city. foi, aliás, a revista glamour que indicou: "sex and the city with a grittier edge" o que é bom já que estamos a precisar de mais filmes realistas sobre relacionamentos e emoções. de todas as personagens, aquelas que mais me marcaram foi maria, numa excelente interpretação de rosario dawson, frágil, humana e tremendamente urbana e ashley, num registo também ele frágil e realista. no fundo, pessoas que podiam ser qualquer um de nós e não jovens coquettes de hollywood.

ah, e tem também a belíssima heather graham a fazer de annie...



jorge vicente