26.1.09

frase mágica...



(fotografia de yael kanarek, "sleep mode", 2004)


"Repousaria, então"

Alves Redol


esta frase foi resultante de um jogo que a sónia regina me mandou. Este jogo tem as seguintes regras:

1 - agarrar o livro mais próximo;
2 - Abrir na página 161;
3 - Procurar a 5ª frase completa;
4 - Colocar a frase no blog;
5 - Mandar o jogo para 5 pessoas.

O livro que estava mais perto era o Gaibéus, do Alves Redol.

Escolho:

1 - xavier zarco;
2 - Alexandra Oliveira;
3 - Álvaro - Verbo do Mundo;
4 - Ana Costa;
5 - Feira das Vaidades - Álvaro Costa.

Um abraço a todos
Jorge Vicente

25.1.09

Carta de Direitos do Doente



(vídeo/filme de catherine sullivan, "untitled", s/d)


"Caro Doutor:

Por favor não oculte o diagnóstico. Ambos sabemos que eu vim ter consigo para saber se tenho cancro ou qualquer outra doença grave. Se souber o que tenho, sei o que combato, e há menos a recear. Se esconder o nome e os factos, priva-me da oportunidade de me ajudar a mim próprio. Quando se interroga se me devem dizer, eu já sei. Pode sentir-se melhor se não me disser, mas esse engano magoa-me.

Não me diga quanto tempo tenho de vida! Só eu posso decidir quanto tempo viverei. São os meus desejos, os meus objectivos, os meus valores, as minhas forças e a minha vontade que vão tomar essa decisão.

Ensine-me e à minha família como e por que razão a doença me acometeu. Ajude-me e à minha família a viver agora. Fale-me de nutrição e das necessidades do meu corpo. Diga-me como lidar com o conhecimento e como a mente e o corpo podem funcionar em conjunto. A cura provém do interior, mas eu quero combinar a minha força com a sua. Se o senhor e eu formos uma equipa, terei uma vida mais longa e melhor.

Doutor, não deixe que as suas convicções negativas, os seus receios e os seus preconceitos afectem a minha saúde. Não se oponha a que eu fique bom e ultrapasse as suas expectativas. Dê-me a oportunidade de ser a excepção nas suas estatísticas.

Ensine-me as suas convicções e terapias e ajude-me a incorporá-las nas minhas. Lembre-se, no entanto, de que as minhas convicções são as mais importantes. Aquilo em que eu não acredito não me vai ajudar.

Deve ficar a conhecer o que a minha doença significa para mim - morte, dor ou medo do desconhecido. Se o meu conjunto de convicções aceitar uma terapêutica alternativa ou não reconhecida, não me abandone. Por favor tente converter as minhas convicções, seja paciente e aguarde pela minha conversão. Ela pode surgir numa altura em que eu esteja extremamente doente e muito necessitado da sua terapêutica.

Doutor, ensine-me e à minha família a conviver com o meu problema quando não estou consigo. Dispense algum tempo às nossas perguntas e dê-nos a sua atenção quando precisarmos dela. É importante que me sinta à vontade para falar consigo e questioná-lo. Viverei uma vida mais longa e significativa se o senhor e eu pudermos estabelecer uma relação importante. Preciso de si na minha vida para alcançar os meus novos objectivos" (1)

bernie s. siegel


(1) SIEGEL, Bernie S. - Amor, medicina e milagres. 1ª ed. Lisboa: Sinais de Fogo, 2004. ISBN 972-8541-47-3. pg. 183, 185.

23.1.09

martin buber



(pintura de sterling ruby, "multiple holes on the white wall", 2007)


"O mundo não é jogo divino, é destino divino. Que existam mundo, homem, a pessoa humana, tu e eu, tem significado divino. A criação - acontece-nos, grava-se em fogo em nós, modifica-nos, trememos e desmaiamos, subtemo-nos. A criação - participamos nela, encontramos o criador, oferecemo-nos a Ele, ajudantes e companheiros." (1)

martin buber


(1) BUBER, Martin apud SIEGEL, Bernie S. - Amor, medicina e milagres. 1ª ed. Lisboa: Sinais de Fogo, 2004. ISBN 972-8541-47-3. pg. 183.

22.1.09

alain resnais, corações (coeurs)



(cena de coeurs, de alain resnais)


alain resnais é um dos grandes nomes da cinematografia francesa. com já 86 anos, continua em plena forma e a oferecer-nos verdadeiras pérolas da sétima arte. com este coeurs, conta várias histórias, interligadas entre si, com cada uma das personagens a decidir o rumo que outra iria tomar, mesmo que mal se conheçam. se por um lado, temos thierry, o agente imobiliário que tem dificuldades em arranjar uma casa com três assoalhadas para clientes difíceis, por outro temos lionel, o barman que passa a sua triste vida cuidando do pai. mas o melhor é verem: descobrirem as outras histórias, relembrar que ainda se fazem bons filmes e que o exemplo de john huston se mantém bem vivo. para quem ainda não sabe, uma das obras-primas de huston foi justamente feita no final da sua vida, o maravilhoso gente de dublin (no original, the dead).



(cena de Coeurs)

Jorge Vicente

P.S.
Como extra do DVD, vocês podem assistir a vários episódios do muito interessante programa de televisão As Canções que Mudaram a Minha Vida, um programa religioso francês que era amado por Charlotte, uma das personagens do filme. Os convidados do programa são fabulosos e os diálogos ainda mais interessantes, fazendo-nos reflectir sobre a verdadeira natureza da religiosidade e do ser espiritual.

a noite abrir-nos-à



(escultura de donal hord, "nagual in moonlight", 1960)


8.

(para o rolando toro)

espero o nagual. a única sombra de luz que alimenta o grande poema branco. espero ser comido por algum animal das árvores. deito-me e surjo defronte dos troncos, como se fosse um antepassado de poder, ou o que resta das palavras antigas do rito. surjo defronte da pegada dos tigres, que saíram em revoada pelas águas lá em baixo, onde o homem primitivo construiu a sua casa.

sei que o poema é a génese do encontro. mas os animais gritam, a terra chama o seu inconsciente vital.

jorge vicente

18.1.09

prémio dardos




amigos, recebi o prémio dardos por parte da blogger MªDolores Marques, autora do blog Um Novo Olhar, à qual agradeço e dou um grande xi-coração. aqui fica o que têm de fazer:

"Com o Prémio Dardos reconhecem-se os valores que cada blogger, emprega ao transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc., que, em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, entre suas palavras. Esses selos foram criados com a intenção de promover a confraternização entre os bloggers, uma forma de demonstrar carinho e reconhecimento por um trabalho que agregue valor à Web”.Este Prêmio obedece a algumas regras:
1) Exibir a imagem do selo;
2) Linkar o blog pelo qual se recebeu a indicação;
3) Escolher outros blogs a quem entregar o Prêmio Dardos.
Assim sendo , repasso o Prêmio Dardos para os blogs abaixo, pelo valor que lhes reconheço"

http://aleddd.blogspot.com
http://www.ana-maria-costa.blogspot.com
http://alexandraonelight.wordpress.com

O logo do prémio está no final do blog.

Jorge Vicente

o fim do livro?



(exemplos de varios incunabula, retirados daqui).


"Landow (1996) writes, «We find ourselves, for the first time in centuries, able to see the book as unnatural, as a near-miraculous technological innovation and not as something intrinsically and inevitably human« (p.25). For hundreds of years, the book and the printed word had been taken for granted as part and parcel of our social and sociological worlds. In recent memory, our society had never known anything other than a book - and paper-influenced experience, so there was no reason, and, possibly, little critical means, for viewing the book as something fundamentally innovative and «other». With the advent of the networked computer, however, the biases and the specificity of the medium of paper are thrown into relief. This is so because the networked computer, like the book, contains built-in
assumptions and biases that influence the scholarly activities we can carry out (...)" (1)

valerie l. worthington e yong zhao


(1) WORTHINGTON, Valerie L. e YONG, Zhao - Does Your Duck Quack? Demonstrating Scholarly Savvy in the Age of the Networked Computer. [Em Linha]. [Consult. 18 Jan. 2009]. Disponível em: https://www.msu.edu/~worthi14/duck.html


este texto de valerie l. worthington e yong zhao dá que pensar na medida em que o livro impresso, tal qual o conhecemos, é relativamente recente na história da humanidade. desenvolvida por gutenberg, a técnica da impressão em caracteres móveis apenas foi desenvolvida no século XVI, depois de um longo período onde predominaram os códices em pergaminho. assiste-se, por isso, agora, a uma nova revolução: o livro virtual, a internet, as novas tecnologias.

17.1.09

catherine hardwicke, twilight



(imagem de twilight)


ahhh, este filme é tão gótico!!..., mas numa perspectiva adolescente com borbulhas, claro!

salva-se a rapariga, que é muito bonita, e a própria realização, que me pareceu melhor do que aquilo que estava à espera. mas quem me mandou espreitar os filmes dos góticos mais imberbes da nova geração?

Jorge Vicente

13.1.09

múltipla personalidade e doença



(quadro de robert rauschenberg, "roulette", 1988)


"A modificação é notavelmente semelhante a descobertas em trabalhos recentes com doentes de múltipla personalidade: uma personalidade pode ser diabética, enquanto a outra não. Podem existir alergias e sensibilidade a medicamentos numa personalidade e não noutras. Se uma personalidade queima o corpo com um cigarro, a marca pode desaparecer quando é outra personalidade que assume o controlo e reaparecer quando reaparece a primeira. De igual modo, quando um paciente com uma doença física efectua uma mudança de personalidade completa e positiva, as defesas do organismo podem então eliminar a doença, que não faz parte do novo ego" (1)

bernie s. siegel


(1) SIEGEL, Bernie S. - Amor, medicina e milagres. 1ª ed. Lisboa: Sinais de Fogo, 2004. ISBN 972-8541-47-3. pg. 180.

a fenomenologia do cancro

"A fenomenologia do cancro está cheia de imagens de culpa e retribuição e de promessas ao próprio e a outros de que, se houver recuperação, serão feitos sacrifícios, haverá uma mudança de atitudes e a vida será vivida como deve ser. A psicologia desse sacrifício relutante é muito diferente da do sacrifício voluntário.

Há momentos e épocas na vida de cada um em que o sacrifício genuíno da coisa mais apreciada é essencial para um desenvolvimento acrescido. Se esse sacrifício não for feito de boa vontade, ou seja, conscientemente e com total sofrimento consciente da perda, o sacrifício ocorrerá inconscientemente. Nessa altura a pessoa não estará a sacrificar-se pelo crescimento, mas será sacrificada por um crescimento falhado" (1)

a. lockhart


(1) LOCKHART, A. apud SIEGEL, Bernie S. - Amor, medicina e milagres. 1ª ed. Lisboa: Sinais de Fogo, 2004. ISBN 972-8541-47-3. pg. 180.

11.1.09

o amor é um acto político



(fotografia de robert doisneau, "kiss by the hotel de ville", 1950)


"A verdadeira felicidade deve ser ganha aprendendo a amar com uma elevação de espírito tal que se alcance o poder de fazer frente à tristeza... Superar o amor antigo com um novo amor ainda maior" (1)

benedetto croce


(1) CROCE, Benedetto apud SIEGEL, Bernie S. - Amor, medicina e milagres. 1ª ed. Lisboa: Sinais de Fogo, 2004. ISBN 972-8541-47-3. pg. 164.



Segundo a minha opinião, esta frase é muito bonita e faz todo o sentido para mim. Estou numa fase em que reencontrar o amor é prioritário, seja esse amor o amor entre homem e mulher, o amor entre amigos, entre familiares, o amor por nós próprios e pela humanidade. Mais do que nunca, acho que a nossa frase de vida deveria ser aquela que Rolando Toro disse hoje, no 1º dia do maravilhoso workshop de biodanza que está a facilitar no Parque das Nações: "O amor é um acto político"

9.1.09

novamente a culpa e a responsabilidade



(quadro de frances scholz, "D'04, 06", 2004)


"No entanto, a maioria das doenças em uma componente psicológica e a percepção da participação e responsabilidade da pessoa no processo de doença é completamente diferente da condenação ou culpabilidade. É evidente que poucos querem realmente uma doença que ponha a vida em risco, mas normalmente funciona como uma mensagem para mudar ou dá aos doentes algo que não estão a obter das suas vidas. Conforme disse Carl Simonton: «Acredito que contraímos as doenças por razões respeitáveis. É a forma de o nosso organismo nos dizer que as nossas necessidades - não só as do corpo mas também as emocionais - não estão a ser preenchidas, e que as necessidades que são preenchidas através das doenças são importantes.»" (1)

bernie s. siegel


(1) SIEGEL, Bernie S. - Amor, medicina e milagres. 1ª ed. Lisboa: Sinais de Fogo, 2004. ISBN 972-8541-47-3. pg. 156.

8.1.09

"my sister" (tindersticks)



(quadro de amedeo modigliani, "nu couché", 1917)


"Do you remember my sister? How many mistakes did
she make with those never blinking eyes? I
couldn't work it out. I swear she could read your
mind, your life, the depths of your soul at one
glance. Maybe she was stripping herself away,
saying

Here I am, this is me I am yours and everything
about me, everything you see... If only you look
hard enough I never could. Our life was a
pillow-fight. We'd stand there on the quilt, our
hands clenched ready. Her with her milky teeth, so
late for her age, and a Stanley knife in her hand.
She sliced the tyres on my bike and I couldn't
forgive her.

She went blind at the age of five. We'd stand at
the bedroom window and she'd get me to tell her
what I saw. I'd describe the houses opposite, the
little patch of grass next to the path, the gate
with its rotten hinges forever wedged open that
Dad was always going to fix. She'd stand there
quiet for a moment. I thought she was trying to
develop the images in her own head. Then she'd
say:

I can see little twinkly stars, like Christmas
tree lights in faraway windows. Rings of brightly
coloured rocks floating around orange and mustard
planets. I can see huge tiger striped fishes
chasing tiny blue and yellow dashes, all tails and
fins and bubbles. I'd look at the grey house
opposite, and close the curtains. She burned down
the house when she was ten. I was away camping
with the scouts. The fireman said she'd been
smoking in bed - the old story, I thought. The cat
and our mum died in the flames, so Dad took us to
stay with our Aunt in the country. He went back to
London to find us a new house. We never saw him
again.

On her thirteenth birthday she fell down the well
in our Aunt's garden and broke her head. She'd
been drinking heavily. On her recovery her sight
returned, a fluke of nature everyone said. That's
when she said she'd never blink again. I would
tell her when she started at me, with her eyes
wide and watery, that they reminded me of the well
she fell into. She liked this, it made her laugh.

She moved in with a gym teacher when she was
fifteen, all muscles he was. He lost his job when
it all came out, and couldn't get another one. Not
in that kind of small town. Everybody knew
everyone else's business. My sister would hold her
head high, though. She said she was in love. They
were together for five years until one day he lost
his temper. He hit over the back of the neck with
his bullworker. She lost the use of the right side
of her body. He got three years and was out in
fifteen months. We saw him a while later, he was
coaching a non-league football team in a Cornwall
seaside town. I don't think he recognized her. My
sister had put on a lot of weight from being in a
chair all the time. She'd get me to stick pins and
stub out cigarettes in her right hand. She'd laugh
like mad because it didn't hurt. Her left hand was
pretty good though. We'd have arm wrestling
matches, I'd have to use both arms and she'd still
beat me.

We buried her when she was 32. Me and my Aunt, the
vicar, and the man who dug the hole. She said she
didn't want to be cremated and wanted a cheap
coffin so the worms could get to her quickly. She
said she liked the idea of it, though I thought it
was because of what happened to the cat, and our
mum." (1)

tindersticks


(1) canção "my sister" do álbum tindersticks, dos tindersticks (1995). retirado daqui

7.1.09

a necessidade da doença



(instalação de jenny holzer na times square, "untitled from the survival series", 1986)


"A doença dá às pessoas «autorização» para fazer coisas que de outro modo se inibiriam da fazer. Pode tornar mais fácil dizer que não a encargos, deveres ou tarefas indesejados ou a exigências de outras pessoas. Pode servir de autorização para fazer o que sempre se quis fazer mas esteve sempre «demasiado ocupado» para começar. Pode permirtir a uma pessoa tirar algum tempo para reflectir, meditar e traçar uma nova rota. Pode servir de desculpa num fracasso. Pode tornar mais fácil pedir e aceitar amor, exprimir os sentimentos ou ser mais honesto de outra forma. Até uma constipação tem significado. Muitas vezes a sua mensagem é «tens trabalhado de mais. Vai para casa e trata de ti.» Lembre-se que somos criados com «dias de baixa», não com «dias de saúde». Tire uns dias para preencher as suas necessidades e não precisará de uma doença.

Uma vez que a doença física atrai habitualmente a simpatia de amigos e familiares, pode ser uma maneira de adquirir amor, ou carinho. Pode tornar-se a única forma de o paciente se relacionar com o mundo, o único controlo que se tem da vida."

bernie s. siegel


(1) SIEGEL, Bernie S. - Amor, medicina e milagres. 1ª ed. Lisboa: Sinais de Fogo, 2004. ISBN 972-8541-47-3. pg. 152.

"the rider #1" (nick cave / warren ellis)



(pintura de georges rouault, "qui ne se grime pas", s/d)

"
'When?' said the moon to the stars in the sky
'Soon' said the wind that followed them all

'Who?' said the cloud that started to cry
'Me' said the rider as dry as a bone

'How?' said the sun that melted the ground
and 'Why?' said the river that refused to run

and 'Where?' said the thunder without a sound
'Here' said the rider and took up his gun

'No' said the stars to the moon in the sky
'No' said the trees that started to moan

'No' said the dust that blunted its eyes
'Yes' said the rider as white as a bone

'No' said the moon that rose from his sleep
'No' said the cry of the dying sun

'No' said the planet as it started to weep
'Yes' said the rider and laid down his gun"

nick cave

"news" (r. hütter / f. schneider)



(instalação de lee holden, "we neither confirm nor deny", 2006)


"Here is the West German Broadcasting Station with the news
Fifty nuclear power stations will be built in the West German Republic
In the next ten years
Each one can supply a city of millions with power..." (1)


kraftwerk

(1) retirado do cd radio-activity (1975) dos kraftwerk. a tradução inglesa foi encontrada neste site (aqui).

5.1.09

cancro e sentimentos de culpa



(fotografia de andreas gursky, "hamm, bergwerk ost", 2008)


"Alguns doentes de cancro também têm fortes sentimentos de culpa. Culpam-se a si próprios, assim como muitas crianças que adoecem e julgam que a doença é um castigo por se portarem mal. Embora não seja ideal, esta atitude não é totalmente destrutiva por conduzir frequentemente a uma noção de participação mais realista no começo da doença. De facto, uma grande quantidade de investigação efectuada em pessoas que sofrerem catástrofes provou que aquelas que sentem que contribuíram para ela (mesmo que não tenham contribuído) ultrapassam mais facilmente o trauma do que as que se sentem totalmente desamparadas" (1)

bernie s. siegel


(1) SIEGEL, Bernie S. - Amor, medicina e milagres. 1ª ed. Lisboa: Sinais de Fogo, 2004. ISBN 972-8541-47-3. pg. 147.

a vontade de viver



(pintura de charles laval, "les joueurs de pétanque en bretagne", 1890)


"A longo prazo...nenhuma vontade consciente poderá jamais substituir o instinto de viver." (1)

carl jung



(1) JUNG, Carl apud SIEGEL, Bernie S. - Amor, medicina e milagres. 1ª ed. Lisboa: Sinais de Fogo, 2004. ISBN 972-8541-47-3. pg. 143.

3.1.09

"dedicated follower of fashion" (ray davies)



(serigrafia de walter dahn, "sweet silver angel (g.p.)", 2006)


"They seek him here, they seek him there,
His clothes are loud, but never square.
It will make or break him so he's got to buy the best,
'Cause he's a dedicated follower of fashion.

And when he does his little rounds,
'Round the boutiques of London Town,
Eagerly pursuing all the latest fads and trends,
'Cause he's a dedicated follower of fashion.

Oh yes he is (oh yes he is), oh yes he is (oh yes he is).
There's one thing that he loves and that is flattery.
One week he's in polka-dots, the next week he is in stripes.
'Cause he's a dedicated follower of fashion.

They seek him here, they seek him there,
In Regent Street and Leicester Square.
Everywhere the Carnabetian army marches on,
Each one an dedicated follower of fashion.

Oh yes he is (oh yes he is), oh yes he is (oh yes he is).
His world is built 'round discoteques and parties.
This pleasure-seeking individual always looks his best
'Cause he's a dedicated follower of fashion.

Oh yes he is (oh yes he is), oh yes he is (oh yes he is).
He flits from shop to shop just like a butterfly.
In matters of the cloth he is as fickle as can be,
'Cause he's a dedicated follower of fashion.
He's a dedicated follower of fashion.
He's a dedicated follower of fashion." (1)

the kinks


(1) retirado do cd dos kinks, the kink kontroversy (1965) e daqui

1.1.09

edmund spenser



(pintura de susan breen, "for fear of flight", 2007)


"Still as he fled, his eye was backward cast, as if his fear still followed him behind" (1)

edmund spenser

(1) SPENSER, Edmund apud PULLMAN, Philip - The Amber Spyglass. London: Scholastic Press, 2001. ISBN 0-439-99414-4. pg. 156.