a noite abrir-nos-á
(fotografia de nobuyoshi araki, "untitled", 1997)
13.
dizem que a poesia é um modo
de chamar os homens,
de aspirar ao corpo,
de ser esse corpo,
de transformar esse corpo
em bruma de palavras
o sublime mistério
o ardor quando os dedos
tocam a esfinge
a lua dourada que sai da
terra e aspira ao sexo.
jorge vicente
7 comentários:
Um belo poema, me deu um grande desejo de ler os outros da série. Estão aqui no blog? Vou procurar! O título eu acho bacana e sonoro... "a noite abrir-nos-á"!Um belo trabalho, meu camarada!
nada falta, está perfeito.
essas palavras só querem servir:
a areia que se move embalando os sons da pele corada. Engole e explode o corpo dentro da poesia.
Maeles
Sublime sublimação...
obrigado pela visita, Jorge
trata-se sem dúvida de um belo conceito de poesia, esse seu poema.
abraços
Rubens
Obrigado, camarada!
cê foi ao casamento do cássio?
grande abraço!
jorge
Servir! :)
é o corpo sublimado.
o corpo presentificado.
o poema-corpo-árvore nascente.
[seiva]
um abraço, amigo!
Jorge
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