28.2.12

"barbarian" (justin oborn)



(fotografia de marina abramovic, "virgin warrior hearts" (2006)


"He left the northern hills to seek his fortune
A lone barbarian with only death lust to guide
He carved a kingdom of stone
King Conan, sitting on his bloody throne

His black mane sweeps across his face
Grim and silent with a steely blue gaze
Like a panther ready to strike
His blade crashes down to end your life

Conan rules with an iron fist
Many people, they look up to him
Battle prowess is the measure of a man
You think you're civilized, but you will never understand

Master swordsman of Hyborian Age
His name is legend to this very day
Even gods cower when his sword is unleashed
Nothing dare face him, neither man or beast

Cut a bloody swathe across this battlefield
Red mist rising, break your human shield
Slashed to pieces is to be your fate
Unleash berserker rage none shall escape

Conan rules with an iron fist
Many people, they look up to him
Battle prowess is the measure of a man
You think you're civilized, but you'll never understand

You think you're civilized, but you will never understand" (1)

electric wizard


(1) retirado do cd dos electric wizard, dopethrone (2000)

22.2.12

fotografia



(fotografia de robert mapplethorpe, "self-portrait", s/d)


"tenho a nítida sensação que a fotografia que carrego
[nos meus olhos não é mais do que
uma ruína debaixo da pedra, como um
vaso recentemente caiado por mãos silenciosas,

a memória descoberta e apenas partida, sem que haja
[uma imagem clara

gostava que todas as memórias fossem feitas de rocha,
que se esticassem e se juntassem ao sal moribundo
e daí partissem para outras margens, para as
nuvens criadoras de movimento

a fotografia e o sal moribundo são a única
[realidade do cosmos." (1)

Jorge Vicente


(1)VICENTE, Jorge - Ascensão do fogo. São Mamede de Infesta: Edium Editores, 2008. p. 34.

17.2.12

Espaço e Tempo



(fotografia de Cornelia Parker, "Einstein's Abstracts" (1999)

"O vosso Dr. Einstein e outros compreenderam que o tempo era uma construção mental, um conceito relacional. O «tempo» era o que era em relação ao espaço que existia entre os objectos! (Se o Universo se está a expandir - como está - a Terra demora «mais tempo» a revolver em volta do Sol do que há um bilião de anos. Há mais «espaço» a cobrir.)

Estes acontecimentos cíclicos demoram mais minutos, horas, dias, semanas, meses, anos, décadas e séculos a ocorrer recentemente do que demoravam em 1492! (Quando é que um «dia» não é um dia? Quando é que um «ano» não é um ano?)

Os vossos novos instrumentos, altamente sofisticados, de medição do tempo, registam agora essa «discrepância" de tempo, e todos os anos os relógios de todo o mundo são acertados para acomodar um Universo que não pára quieto! Chamam-lhe o Tempo Médio de Greenwich... e é médio (1) porque faz do Universo um mentiroso!

Einstein teorizou que se não era o «tempo» que se movia, mas sim ele que se movia no espaço, a um determinado ritmo, o que tinha a fazer era mudar a quantidade de espaço entre objectos - ou mudar a velocidade a que se movia através do espaço entre um objecto e outro - para «alterar» o tempo.

Foi a sua Teoria Geral da Relatividade que expandiu a actual compreensão da correlação entre o tempo e o espaço.

Podes começar agora a perceber porque é que, se fizeres uma longa viagem através do espaço e regressares, podes ter envelhecido apenas dez anos - enquanto que os teus amigos na Terra terão envelhecido trinta! Quanto mais longe fores, mais distorcerás o continuum Espaço-Tempo e menos hipóteses terás de encontrar vivo na Terra quem quer que lá estivesse quando partiste!

No entanto, se os cientistas na Terra, nalgum tempo «futuro», desenvolvessem uma forma de propulsão mais rápida, podiam «fazer batota» com o Universo e ficar em sincronia com o «tempo real» da Terra, e quando regressassem verificariam que se tinha passado o mesmo tempo na Terra que na Nave Espacial.

É evidente que, se se dispusesse de ainda mais propulsão, poder-se-ia regressar à Terra antes mesmo de descolar! Quer isto dizer que o tempo na Terra passaria amis devagar do que o tempo na nave espacial. Podia-se regressar passados dez dos vossos «anos» e a Terra teria «envelhecido» apenas quatro! Aumente-se a velocidade, e dez anos no espaço podem significar dez minutos na Terra.

Agora, se te deparares com uma «dobra» no tecido do espaço (Einstein e outros acreditavam que essas «dobras» existem - e estavam certos!) és subitamente projectado através do «espaço» num «momento» infinitesimal. Poderia um tal fenómeno espaço-tempo «atirar-te» literalmente de volta para o «tempo»?

Não deve ser agora tão difícil ver que o «tempo» não existe excepto como uma construção da vossa mentalidade. Tudo o que jamais aconteceu - e que venha a acontecer - está a acontecer agora. A capacidade de o observar depende apenas do teu ponto de vista - do teu »lugar no espaço».

Se estivesses no Meu lugar, podias ver Tudo - agora mesmo!

Compreendes?" (2)

Neale Donald Walsch



(1) Trocadilho com a palavra mean, que além de significar médio ou mediano, significa também malévolo, vil, ignóbil (Nota do Tradutor)

(2) WALSCH, Neale Donald - Conversas com Deus: livro 2. 5ª ed. Cascais: Sinais de Fogo, 2002. ISBN 972-8541-10-4. p. 93-95.

8.2.12

a experiência de hitler



(fotografia histórica presente no simon wiesenthal center, los angeles). Também presente no site: http://donaldwoodman.com/gallery/the-holocaust


"A Experiência de Hitler tornou-se possível em resultado da consciência de grupo. Muitas pessoas preferem dizer que Hitler manipulou um grupo - neste caso, os seus compatriotas - através da argúcia e mestria da sua retórica. Mas isso coloca muito convenientemente toda a culpa aos pés de Hitler - que é exactamente onde a esmagadora maioria das pessoas a quer.

Mas Hitler nada podia fazer sem a colaboração, o apoio e a submissão voluntária de milhões de pessoas. O subgrupo que se apelidava de alemães deve assumir uma enorme carga de responsabilidade pelo Holocausto. Como deve, até certo ponto, o grupo maior chamado Seres Humanos que, se nada mais fez, se permitiu permanecer indiferente e apático perante o sofrimento na Alemanha até este ter atingido uma escala tão maciça que até os isolacionistas de coração mais duro não o puderam continuar a ignorar.

Como vês, foi a consciência colectiva que forneceu o solo fértil para o crescimento do movimento Nazi. Hitler aproveitou o momento, mas não o criou.

É importante que percebas aqui a lição. Uma consciência de grupo que fala constantemente de separação e superioridade produz perda de compaixão numa escala maciça e a perda de compaixão é inevitavelmente seguida da perda de consciência.

Um conceito colectivo enraizado no nacionalismo rígido ignora a desgraça dos outros, e no entanto torna os demais responsáveis pela vossa, justificando assim a retaliação, a «rectificação» e a guerra.

Auschwitz foi a solução Nazi - uma tentativa de «recrificar» - para o «Problema Judaico».

O horror da Experiência de Hitler não foi o ele tê-la perpetrado contra a raça humana, mas o facto de a espécie humana lho ter permitido. O espanto não é só o ter aparecido um Hitler, mas também que tantos outros o tenham seguido.

A vergonha não é apenas que Hitler tenha morto milhões de judeus, é também terem tido que morrer milhões de judeus antes que Hitler fosse travado.

O propósito da Experiência de Hitler foi mostrar a Humanidade a si própria." (1)

Neale Donald Walsch


(1) WALSCH, Neale Donald - Conversas com Deus: livro 2. 5ª ed. Cascais: Sinais de Fogo, 2002. ISBN 972-8541-10-4. p. 84,85.

7.2.12

para um mundo melhor



(fotografia de roger ballen, "ratman" (2000)


"A exploração da classe baixa é justificada pelas declarações auto-elogiosas da classe alta de como as suas vítimas estão bem melhor agora do que estavam antes dessa exploração. Com esta medida, a classe alta pode ignorar a questão de como todas as pessoas deviam ser tratadas se se fosse verdadeiramente justo, em vez de tornar meramente uma situação horrível apenas um pouquinho melhor - lucrando obscenamente com a pechincha.

A maioria das pessoas ri-se quando se sugere qualquer tipo de sistema diferente do presentemente estabelecido, dizendo que comportamentos como competir e matar e «os despojos ao vencedor» são o que engrandece a sua civilização! A maior parte das pessoas até pensa que não há outra maneira natural de ser, que é da natureza dos humanos comportar-se desta forma e que agir de qualquer outra liquidaria o espírito interior que leva o homem ao êxito. (Ninguém faz a pergunta, «Ter êxito em quê?»).

Por difícil que seja de entender para os seres verdadeiramente iluminados, a maioria das pessoas acredita nesta filosofia, e é por isso que a maior parte não se importa com as massas que sofrem, a opressão das minorias, a ira da classe baixa, ou com as necessidades de sobrevivência seja de quem for excepto delas próprias e da sua família mais próxima.

A maior parte das pessoas não vê que está a destruir a sua Terra - o próprio planeta que lhes dá Vida - porque as suas acções visam apenas aumentar a sua qualidade de vida. Surpreendetemente, não têm visão suficiente para observar que os ganhos a curto prazo podem gerar perdas a longo prazo, como muitas vezes acontece - e acontecerá.

A maioria das pessoas sente-se ameaçada pela consciência de grupo, por um conceito como o bem colectivo, pela perspectiva de um mundo único ou por um Deus que existe em unidade com toda a criação, em vez de separado dela.

Este medo de tudo o que conduz à unificação, e a glorificação do vosso planeta de Tudo O Que Separa, produz divisão, desarmonia, discórdia - no entanto vocês não parecem ter sequer a capacidade de aprender através da experiência própria, e assim insistem nos vossos comportamentos, com os mesmos resultados.

A incapacidade de experienciar o sofrimento de outrem como se fosse nosso é o que permite que esse sofrimento continue.

A separação gera indiferença, falsa superioridade. A unidade produz compaixão, igualdade genuína." (1)

Neale Donald Walsch

(1) WALSCH, Neale Donald - Conversas com Deus: livro 2. 5ª ed. Cascais: Sinais de Fogo, 2002. ISBN 972-8541-10-4. p. 82,83.


Este post está inserido na iniciativa Teia Ambiental, idealizadas por Flora Maria e Gilberto da Cunha Gonçalves. O blog da Flora: http://floradaserra.blogspot.com/

6.2.12

A consciência de grupo



(fotografia de henri cartier-bresson, "shanghai", s/d)


"A consciência de grupo é uma coisa que geralmente não é compreendida - no entanto é extremamente poderosa e pode com frequência, se não tiveres cuidado, superar a consciência individual. Tens sempre, portanto, que te esforçar por criar uma consciência de grupo onde quer que vás, e com o que quer que faças, se desejas que a tua experiência mais alargada de vida no planeta seja harmoniosa.

Se tiveres num grupo cuja consciência não reflicta a tua, e fores incapaz, nessa altura, de alterar eficazmente a consciência do grupo, é prudente deixar o grupo, senão o grupo pode conduzir-te a ti. Irá para onde ele quiser ir, independentemente de onde tu queiras ir.

Se não conseguires encontrar um grupo cuja consciência se identifique com a tua, sê a fonte de um. Outros com consciência semelhante serão atribuídos para ti." (1)

Neale Donald Walsch


(1) WALSCH, Neale Donald - Conversas com Deus: livro 2. 5ª ed. Cascais: Sinais de Fogo, 2002. ISBN 972-8541-10-4. p. 81.