13.2.09

in nomine



(pintura de mohammad ali talpur, "leeka 1", s/d)


sente o olhar antigo
aquele que recebeste
quando renunciaste às
nuvens

sente os olhos acordarem
à medida que percorres as
paredes caiadas de um silêncio

talvez inquietante, talvez
demasiado lento, como se
o percorrer da chuva não

acabasse jamais e todo o
alentejo se prometesse nos
teus olhos serenos.

jorge vicente

5 comentários:

Anónimo disse...

a serenidade das palavras no silêncio da leitura. um beijo, jorge. boa noite e bom fim de semana!

Eme disse...

a seca paisagem do alentejo depois de uma chuva é de um cheiro e aspecto impossível de relatar.

E as profundezas de um olhar?

Beijo

Anónimo disse...

amigo, estás "desafiado", no meu blogue, para te tornares... num "traste"! :0) vai lá ver do que se trata... e ver se te interessa, embora seja algo de carácter não literário!
beijocas,
Alexandra

Arábica disse...

Caiamos-nos de chuva na serenidade de um momento em espera...

Gostei de te ler, já tinha saudades da visita aqui.

Beijo, boa semana

jorge vicente disse...

a profundidade de um olhar, querida marta, é sempre a profundidade de um olhar: misteriosa, sem explicação, sublime.

um grande beijinho
jorge