hierarquia das águas
(imagem do rio guadiana, retirada daqui)
"o tejo segredou ao guadiana
de que cor a lezíria dos teus
olhos verdes.
são pedaços de uma noite sem
espaço e em que o tempo, maleável
à água, submete-se ao corpo nu,
distante
como
a
noite
mais
fria.
o teu corpo uma lezíria,
o rio uma fonte inventando
o prazer,
em baixo a gruta de pele que
silencia o poema.
no fogo
das laranjeiras a noite
silenciosa da
gruta
perante o rio.
o tejo segredou ao guadiana
de que clausura se erguem
os teus braços nos meus.
jorge vicente
in Ascensão do Fogo. São Mamede de Infesta: Edium Editores, 2008.
2 comentários:
Meu querido amigo Jorge! Não sabes como fico feliz quando postas poemas teus. Este é lindíssimo.Já o li e é sempre um enorme prazer reler. Aplauso pelo maravilhoso post. Imagem bem escolhida. Belo casamento.
Bjito amigo e uma flor.
Uma flor para a minha bela amiga.
Muitos beijos!
Jorge
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