6.8.11

poema 32 de "hierofania dos dedos"



(pintura de mohammad ali talpur, "leeka 1", s/d)


32.

sente o olhar antigo
aquele que recebeste
quando renunciaste às
nuvens

sente os olhos acordarem
à medida que percorres as
paredes caiadas de um silêncio

talvez inquietante, talvez
demasiado lento, como se
o percorrer da chuva não

acabasse jamais e todo o
alentejo se prometesse nos
teus olhos serenos.

jorge vicente

6 comentários:

Sandra Gonçalves disse...

E os olhos vagueiam, pelas paredes caidas... perdidos lentos, acordando de um desejo insano e santo.Bjos achocolatados

jorge vicente disse...

beijinhos achocolatados também para ti, sandra!!!

obrigado pelo comentário!
jorge

Anónimo disse...

belo poema jorge,

abriu-me o apetite para o resto da hierofania dos dedos

um abraço

Maeles Geisler disse...

olá...
há quanto tempo não apareço aqui, não é?
saudades desse "canto" de poesia.

sente a aquarela tingida em mil faces,
abrigando as cores
na esperança de luz.

Bjs e até na terça.
Boa viagem.

jorge vicente disse...

beijos, amiga!

e a minha viagem vai ser tão linda!!!
obrigado por tudo!

até terça!

Graça Pires disse...

" e todo o
alentejo se prometesse nos
teus olhos serenos."
Uma beleza, este poema!
Beijos, amigo.