6.3.11

doug liman, fair game (2010)



(capa de fair game, retirada daqui)


Da filmografia completa de Doug Liman, só conhecia Identidade Desconhecida, o filme que trouxe a personagem de Jason Bourne para as capas das revistas de cinema. Nada de muito abonatório, portanto. Cinema de acção, hollywoodesco, daqueles que facturam milhões e milhões de dólares. No entanto, Doug Liman começou, como muitos outros, no cinema independente.

Jogo Limpo (no original Fair Game) não foge à regra. Continua a ser um filme mainstream, vindo da fábrica dos sonhos mas tem a vantagem de ter grandes actores e de ter uma história por detrás que merece a pena ser vista: a história de Valerie Plame, ex-operacional da CIA que descobriu a falcatrua da Administração Bush acerca da invasão do Iraque e que, devido a isso, viu a sua carreira e vida pessoal destruídas. Numa altura em que a Administração Obama está em perigo, importa relembrar a anterior administração e tentar não apagar a memória. Todos os meios sejam eles políticos, literários ou cinematográficos são meios úteis e necessários para que possamos transmitir às gerações mais novas o que realmente aconteceu. Claro que este filme pretende rentabilizar uma história verídica, torná-la vendável ao grande público, mas cinema político faz falta. E se for em defesa da verdade, ainda melhor.

Jorge Vicente

2 comentários:

tecas disse...

Meu amigo Jorge, poeta de elite...rs
Li o texto enviado para a Ísis, onde informas estares a braços com a tua tese.
Vais ver...vai correr tudo bem... a tua capacidade intelectual é acima da média. Sendo tu especialista da expressão, não existe motivo para preocupação.
Adorei os teus posts.
Bom fim de semana e um bjito amigo!

jorge vicente disse...

Amiga,

a maior preocupação é mesmo em escrever algo em que tenho de me cingir a regras impostas por outros.

E em ganhar coragem. Mas a coragem tenho-a ganho nos últimos dias, com todas as vossas mensagens. :)

Obrigado por tudo e um abraço
Jorge