13.9.09

a noite abrir-nos-á



(fotografia de sophie calle, "où et quand? berck", 2004-2008)


19.


a palavra: arremesso de som
no caule sempre aberto do
verso

simples ruído, que não diz nada
nem do tom desafiador
da pele

a única voz é a que
precede o grito: a aorta
desafiando o olhar de
quem não vê.

jorge vicente

2 comentários:

Isaias de Faria disse...

poema belo e bem escrito, gosto, paro pra ler reler e ler, e reler.

jorge vicente disse...

obrigado, amigo :)

grande abraço!
jorge