5.10.08

philip pullman, excerto de the amber spyglass



(quadro de benton murdoch spruance, "resurrection", 1941)


"Pre-emptive penance and absolution were doctrines researched and developed by the Consistorial Court, but not known to the wider church. They involved doing penance for a sin not yet committed, intense and fervent penance accompanied by scourging and flagellation, so as to build up, as it were, a store of credit. When the penance had reached the appropriate level for a particular sin, the penitent was granted absolution in advance, though he might never be called on to commit the sin. It was sometimes necessary to kill people, for example: and it was so much less troubling for the assassin if he could do so in a state of grace." (1)

philip pullman



(1)PULLMAN, Philip - The Amber Spyglass. London: Scholastic Press, 2001. ISBN 0-439-99414-4. pg. 75.

2 comentários:

Anónimo disse...

O Poeta se Apresenta
“Ser poeta é a minha maneira de chorar escondido/ nessa existência estrangeira em que me tenho havido”.
“Fugi do colégio interno/ fugi do quartel inferno/ fugi da ditadura de gravata/ farda, togas e terno/ e assim poeta moderno/ me descobri/ Ser Humano sem pedigree.”
“Que o bom Deus me proteja/ mas não tem remédio/ prefiro morrer de poesia e cerveja/ mas não de tédio”.
“Fujo de casa/ para o trabalho/ Fujo do trabalho/ para a escola./ Fujo da escola/ para a poesia./ Na poesia sou/ íntima fuga./Ponto de liga/ alma sem ruga. / A casa, a escola, o trabalho/ que fuga me sou? Se sempre me levo comigo/ para onde me vou?/.
“Quando quero estar um pouco a sós comigo /esqueço, desligo/ e tomo uma cerveja gelada…”
“ Nunca amei ninguém/ que fosse parecido comigo/ até porque persigo paz./ e não esconderijos./ nunca amei ninguém/ com medo de ser oásis.”.
“ A luz que me desce agora,/ é luz dentro que não se vê fora./ Fora a sombra cresce, agride, cora,/ enquanto a luz de dentro impera e mora”.
“A carrocinha do padeiro/ tem um buraquinho bem no meio/ e vai semeando andorinhas/ atrás do farelo de pão”
“Minha mãe fritava polenta/ e convidava a aurora para o banquete.”
“A cebola nossa de cada dia/ nos daí hoje/ para que choremos cotidiana poesia/ (nos ninhais de selvagem alquimia)/que sempre nos foge.”
“Sempre fui muito sozinho/ abandonaram-me quando nasci./ Minha pobre mãe deixou/ que eu existisse. / Hoje acostumei-me a ser sozinho/ abandonei-me em mim./ Acho que eu mesmo fui minha mãe./ não sei nunca mais deixar de ser sozinho assim./ Fiquei refém de eterno abandono./ - Mãe, tende piedade de mim!”
“Eu sou assim./ Uma noite mascarada de dia./ E de noite um córrego borboleteando Poesia./Tomo essência das coisas como elas são./ E, relendo-as, completo-me em suprema inteiração.”
“A mosca encontrou um garçom/ cheirando a detefom/ dentro da sopa”.
“O telefone toca/ e eu fico ligado/ preocupado/ assustado. / Em casa não tem telefone/ E eu sou só um número errado”
“ Estive em Itararé/ e não me lembrei de ninguém./ Porque quem não está em Itararé/ está sem.”
“ Deixei meu coração em Itararé/ na periferia cor-de-rosa da Vila São Vicente/ / Ali sob um flamboyant florido/ Ainda pulso, viço e glorifico a vida/ / Deixei meu coração em Itararé/ À beira do rio verde entre pinheirais/ /A criança triste que eu tenho sido/ É essa distância de cavaleiro boêmio./ /Deixei meu coração em Itararé/ Sob a lua caipira da Praça Coronel Jordão./ Deus sabe o quanto tenho sofrido, / procurando uma estrela nova no céu./ Deixei meu coração em Itararé/ e corro atrás de uma estrada que não existe./ Talvez por isso eu seja um poeta triste, buscando a criança que me perdi de ser./”
Os versos foram extraídos de Porta-Lapsos, livro do amigo poeta Silas Corrêa Leite.
Maria Apparecida S.Coquemala (Maria-13@uol.com.br) - Itararé-SP

jorge vicente disse...

um belo poema.

um grande abraço
jorge vicente