tag:blogger.com,1999:blog-5909192705982756473.post3052948736675727581..comments2023-07-04T09:00:42.421+00:00Comments on amoralva: philip pullman, excerto de the amber spyglassjorge vicentehttp://www.blogger.com/profile/01787847176259279784noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-5909192705982756473.post-34227432960554949392008-10-07T16:37:00.000+00:002008-10-07T16:37:00.000+00:00um belo poema.um grande abraçojorge vicenteum belo poema.<BR/><BR/>um grande abraço<BR/>jorge vicentejorge vicentehttps://www.blogger.com/profile/01787847176259279784noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5909192705982756473.post-22509815768443005582008-10-07T16:20:00.000+00:002008-10-07T16:20:00.000+00:00O Poeta se Apresenta “Ser poeta é a minha maneira ...O Poeta se Apresenta<BR/> “Ser poeta é a minha maneira de chorar escondido/ nessa existência estrangeira em que me tenho havido”.<BR/>“Fugi do colégio interno/ fugi do quartel inferno/ fugi da ditadura de gravata/ farda, togas e terno/ e assim poeta moderno/ me descobri/ Ser Humano sem pedigree.”<BR/>“Que o bom Deus me proteja/ mas não tem remédio/ prefiro morrer de poesia e cerveja/ mas não de tédio”.<BR/>“Fujo de casa/ para o trabalho/ Fujo do trabalho/ para a escola./ Fujo da escola/ para a poesia./ Na poesia sou/ íntima fuga./Ponto de liga/ alma sem ruga. / A casa, a escola, o trabalho/ que fuga me sou? Se sempre me levo comigo/ para onde me vou?/.<BR/>“Quando quero estar um pouco a sós comigo /esqueço, desligo/ e tomo uma cerveja gelada…”<BR/>“ Nunca amei ninguém/ que fosse parecido comigo/ até porque persigo paz./ e não esconderijos./ nunca amei ninguém/ com medo de ser oásis.”.<BR/>“ A luz que me desce agora,/ é luz dentro que não se vê fora./ Fora a sombra cresce, agride, cora,/ enquanto a luz de dentro impera e mora”.<BR/>“A carrocinha do padeiro/ tem um buraquinho bem no meio/ e vai semeando andorinhas/ atrás do farelo de pão”<BR/>“Minha mãe fritava polenta/ e convidava a aurora para o banquete.”<BR/>“A cebola nossa de cada dia/ nos daí hoje/ para que choremos cotidiana poesia/ (nos ninhais de selvagem alquimia)/que sempre nos foge.”<BR/>“Sempre fui muito sozinho/ abandonaram-me quando nasci./ Minha pobre mãe deixou/ que eu existisse. / Hoje acostumei-me a ser sozinho/ abandonei-me em mim./ Acho que eu mesmo fui minha mãe./ não sei nunca mais deixar de ser sozinho assim./ Fiquei refém de eterno abandono./ - Mãe, tende piedade de mim!”<BR/>“Eu sou assim./ Uma noite mascarada de dia./ E de noite um córrego borboleteando Poesia./Tomo essência das coisas como elas são./ E, relendo-as, completo-me em suprema inteiração.”<BR/>“A mosca encontrou um garçom/ cheirando a detefom/ dentro da sopa”.<BR/>“O telefone toca/ e eu fico ligado/ preocupado/ assustado. / Em casa não tem telefone/ E eu sou só um número errado”<BR/>“ Estive em Itararé/ e não me lembrei de ninguém./ Porque quem não está em Itararé/ está sem.” <BR/>“ Deixei meu coração em Itararé/ na periferia cor-de-rosa da Vila São Vicente/ / Ali sob um flamboyant florido/ Ainda pulso, viço e glorifico a vida/ / Deixei meu coração em Itararé/ À beira do rio verde entre pinheirais/ /A criança triste que eu tenho sido/ É essa distância de cavaleiro boêmio./ /Deixei meu coração em Itararé/ Sob a lua caipira da Praça Coronel Jordão./ Deus sabe o quanto tenho sofrido, / procurando uma estrela nova no céu./ Deixei meu coração em Itararé/ e corro atrás de uma estrada que não existe./ Talvez por isso eu seja um poeta triste, buscando a criança que me perdi de ser./”<BR/>Os versos foram extraídos de Porta-Lapsos, livro do amigo poeta Silas Corrêa Leite.<BR/>Maria Apparecida S.Coquemala (Maria-13@uol.com.br) - Itararé-SPAnonymousnoreply@blogger.com