Water (Deepa Mehta)
(a pequena Sarala, em Water)
Água (Water) de Deepa Mehta é, talvez, um dos mais belos filmes que vi nos últimos meses, talvez anos. É uma história muito bonita, passada na Índia, e narra a história de uma jovem menina de nove anos, que casa e enviúva bastante nova, sendo obrigada a ir para um ashram de viúvas, para aí permanecer até ao fim da sua vida. Nunca poderá voltar para a sua vida anterior, nunca poderá voltar para casa dos pais, terá de viver uma vida de resignação, abandono e lamentação. Uma espécie de meio-viva, porque metade da sua alma foi levada pelo marido, que nunca conheceu.
E é o retrato da Índia onde, a par com esses dramas profundos e tremendamente injustos, aparece uma réstea de esperança: o grande Mahatma Ghandi, libertador, um dos avatares da humanidade que prega a não-violência e o amor. Até para quem parece estar arredado dele. Como as viúvas. E essa presença, que só vemos fisicamente na parte final do filme, é central e tão forte que faz ter esperança que tudo se resolva na direcção daquilo que é certo e justo.
Muitas vezes, durante o filme, apetecia-me mesmo pôr-me em posição de lótus e deixar o Ganges entrar dentro de mim.
Este post é dedicado a todos aqueles que querem viver uma vida de amor e alegria.
Jorge Vicente
1 comentário:
Olá Jorge Vicente, passei por aqui e gostei do que li, vi e ouvi: 1000
estrelas! Deixo meu abraço, Rosangela.
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