The Go-Between (L.P.Hartley)
No final do dia de hoje, tive a sensação de que nada existente no universo da Literatura interessa de facto, a não ser o próprio acto da criação literária e o acto de nos darmos aos outros, de modo gratuito e sem condições, seja através da humanidade de alguns autores seja através das suas personagens, que se nos atravessam na alma e que representam o mundo (o nosso mundo). Falo disto porque José Luís Peixoto ganhou o Prémio Daniel Faria 2008 e acho um pouco estranho já que o Prémio se destina a autores não consagrados. Mas, enfim, isso não interessa quando temos autores como L.P. Hartley a nos apontarem o céu.
O único livro que li dele foi The Go-Between, que acabei hoje. Já o tinha lido na adolescência, na cadeira de Inglês, mas, na altura, não gostei tanto como agora. Talvez a visão da casa onde Leo Colston passou o Verão de 1900 fosse submergida pela paisagem do Nebraska presente em My Ántonia, de Willa Cather, que me maravilhou e assombrou durante anos. E que me continua a inspirar frequentemente. Hoje, aos 33 anos, porém, conheci melhor e compreendi as emoções fortes e quase dionísiacas das personagens de L.P. Hartley, especialmente Ted Burgess, uma força da natureza, embora trágica e muito frágil, ao mesmo tempo.
Um livro a ler (e a amar).
Jorge Vicente
4 comentários:
Não podia vir parar a lugar melhor.
Hei-de aqui vir... esta obra do Hartley dá pano para mangas.
Só a Meia é que nos podia guiar para estes bons espaços.
parabéns ao josé luís peixoto. um nome que pretigia o prémio. beijo.
prestigia *
:)
é sempre tempo.
vim do blog da Li (alice) mesmo só de propósito para:
o seu ultimo comentário é um hino ao bom senso e à inteligência.
bem Haja, JOrge.
::::::::::até sempre.
sua leitora.
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