Lêdo Ivo, Uma Lira dos Vinte Anos
(fotografia de Lêdo Ivo, publicada em acervos).
Acabei de ler um livro de poesia. Há já algum tempo que não o fazia, apenas lia poemas esporádicos, de alguns autores, tirados ao acaso ou escolhidos a dedo. Alguns tirados do excelente livro da Assírio & Alvim, Rosa do Mundo que é uma excelente enciclopédia da história poética da humanidade. Outros ia encontrado, um pouco por aqui, um pouco por ali.
O livro que li é da autoria de Lêdo Ivo e chama-se Uma Lira dos Vinte Anos. Foi publicado em 1962 e reúne as primeiras obras poéticas do autor, escritas entre 1940 e 1946. É um livro interessante, embora não tenha despertado muito a minha sensibilidade, um pouco devido à linguagem, talvez. Mas, acima de tudo porque as sensibilidades poéticas são diversas e porque um poeta não tem obrigatoriamente de agradar a toda a gente. No entanto, houve poemas que me agradaram muito e, por essa razão, decidi colocá-los no meu blog. Se quiserem pesquisar nas mensagens anteriores, encontrá-los-ão de certeza.
Mas, quem era Lêdo Ivo? Segundo o site Releituras, Lêdo Ivo era jornalista e escritor de prosa e poesia. Nasceu em Alagoas, mais propriamente em Maceió, em 1924, e partiu para o Recife em 1940, onde começou a colaborar com a imprensa local e a conviver de perto com os intelectuais daquela época. Em 43, partiu para o Rio, cursou Direito e passou a colaborar com a imprensa carioca. Publicou os seus primeiros livros de poesia. Em 53, partiu para Paris, tendo regressado aos sol do Brasil um ano depois, em 1954. Continou a sua carreira jornalística e literária. Nunca chegou a exercer advocacia e recebeu vários prémios ao longo da sua longa carreira.
Foi um dos poetas mais importantes da geração de 45, que advogava o regresso a uma forma de poesia clássica, embora se mantivesse livre e bastante pessoal. Foi um mestre na criação de uma nova linguagem, inventando novas semânrticas para palavras que já existiam. (ver biblio)
Jorge Vicente
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