Casa de la Ronda
3.
ajuda-me a falar a língua dos anjos, a língua lustrosa e iluminada, a
língua de toda a literatura e de toda a rasa teologia. ajuda-me nessa
língua que não pede nem desaloja nenhuma poética nem nenhuma
sistematização de linguagens. nessa língua sem métrica nem metáforas,
nessa língua das ruas e dos pequenos botequins de esquina, nessa língua
que ensina a gelar um osso e a transformar uma paisagem numa casa e num
quarto. e a inscrever incessantemente um homem no círculo gerado pelas
marés.
Jorge Vicente
6 comentários:
Anseios dos homens, em eterna busca do sentido das coisas...
Um abraço
Exactamente, AC. O nosso grande trabalho e o nosso grande prazer: o sentido da Vida.
Grande abraço!
Um texto muito belo, meu amigo. Gostei imenso.
Um beijo.
Muito, muito obrigado, amiga!!
Muitos beijos!
o poeta em completo desassossego
em contra-mão ou quiçá com as respostas para o que não queremos entender
talvez um anjo...ajude ou não
interessante
;)
Obrigado, querida Piedade!!
Muitos beijos
Jorge
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