7.1.16

Casa de la Ronda



2.
todo o meu poema se inscreve nesta casa. com os seus objectos pessoais, com toda a sua humanidade, com gente-adentro abrindo ímpetos de potência sobre o corpo.

somos uma grande família, um refúgio líquido entre as mães. um lugar sem centro e onde poderemos [com verdade] escrever: en las ribas el rio maior se abre entre nosotros. e entre nosotros la ronda se vibra como un arbol de estrellas.

Jorge Vicente

Casa de la ronda



1.
já tantos de nós escreveram isto. ou escreveram melhor. ou com mais intensidade. ou com a força de um país aberto às suas próprias veias.
já tantos de nós decidiram: a nomeação de uma casa obedece a ordens gramaticais e a uma inversão do sentido. o que poderá ser colocado no lugar das palavras? o meu próprio corpo? uma triste [e alegre] dimensão nova?
já tantos de nós abriram o seu próprio livro. e decidiram que não pode ser assim. uma casa tem de ser de todos. mesmo daqueles que ardem na alegria dos infernos.

Jorge Vicente