10.9.12

Baraka e a transcendência da condição humana




(imagem do filme Baraka, de Ron Fricke)


Depois de alguns dias de completo repouso nos ares solarengos do Algarve, onde pude descansar, ler, estudar, escrever mais um pouco a minha dissertação de mestrado (que, nas últimas semanas, me tem furtado a outros estudos), sabe bem voltar a casa e poder partilhar com vocês este maravilhoso filme de Ron Fricke, datado de 1992. O filme tem o nome de Baraka e foi-me recomendado por uma amiga minha da Biodanza. Em boa hora o vi. É realmente maravilhoso e, embora não seja um filme directamente relacionado com a problemática do meio ambiente em sentido estrito, está-lhe relacionada num sentido espiritual e profundamente transcendente. Este filme trata da condição humana, das múltiplas particularidades que a condição humana se revela em todos os pólos do nosso universo. A paisagem branca e clara do Alasca, os terrenos inexplorados, aqueles locais ainda não visitados pelo humano; mas também as múltiplas manifestações da fé, as múltiplas manifestações da cultura humana: as religiões, a dança, o olhar de quem vive de modo natural e de quem se alimenta do que a terra dá; as múltiplas manifestações do humano como destruidor do mundo natural, seja através das cidades, das fábricas, do desrespeito pela vida de todos nós e pela vida dos nossos companheiros animais-plantas-seres vivos; as manifestações do mal seja através da poluição, da tortura, da guerra.

Tudo isso é parte do filme. Tudo isso é parte de quem nós somos. E o convite do filme é: em que mundo desejamos habitar? Que sorriso devemos levar ao mundo? Que pedaço desse mundo será sempre nosso? O que fazer para salvar a nossa humanidade e para levarmos a nossa humanidade no sentido da transcendência. Podemos fazer tanto e podemos ser tão grandes nessa nossa caminhada humana em direcção à Vida!

Abracem este filme aqui em baixo:






Um abraço para todos
Jorge Vicente

Como todos sabem, este post está inserido na iniciativa Teia Ambiental, idealizadas por Flora Maria e Gilberto da Cunha Gonçalves. O blog da Flora: http://floradaserra.blogspot.com/

8 comentários:

tecas disse...

Meu querido amigo e poeta de eleição, espero que tenhas trazido um pouco do sol do Algarve contigo para quando vieres ao Porto me dares:) Eu também fui de férias mas para P. De Lima e só apanhei chuva e vento. De 3 semanas aproveitei dois dias de sol(:-
Adorei o teu post. Bom vídeo.
Beijinho e uma flor.

Flora Maria disse...

Oi, Jorge Vicente:

Ainda não vi esse filme, talvez por temer encontrar situações muito tristes...

Mas vou encher-me de coragem e assistí-lo, estimulada que fiquei com sua postagem !

Eu gosto muito de comparar o "mundo de Deus", que é verde, puro, limpo, lindo, com o "mundo dos Homens", que é cinza, sujo e feio. E eu tento viver no mundo verde de Deus...

jorge vicente disse...

Minha querida amiga,

não te preocupes. Virão dias de Sol ainda :)

Um grande beijinho para ti!

E muitas flores!
Jorge

jorge vicente disse...

Minha amiga,

eu não sei se o mundo do Homem é sujo e cinza, mas sim o mundo de uma humanidade que ainda não descobriu a sua humanidade.

E ganhe coragem para ver o filme: tem situações terríveis, mas é simplesmente maravilhoso!

Muitos abraços
Jorge

Luma Rosa disse...

Selecionei para assistir o vídeo mais tarde ou vou perder o sono? (rs*)
Obrigada pela partilha, Jorge!
Sempre bom questionarmos, no sentido de tentar melhorar o que já está imposto. Um pensar aqui e outro acolá, somados podem mudar o mundo!
Beijus,

jorge vicente disse...

Deixe para amanhã, amiga. O seu sono também é sagrado :)

É sempre bom questionarmos, repensarmos, melhorar o que já está imposto, mas ainda mais importante: vivenciar e assumir a Vida Sagrada em nós.

Milhares de abraços
Jorge

L. Rafael Nolli disse...

É uma ótima pedida. Deu vontade de ver. Vou procurar, Jorge!
Araços!

jorge vicente disse...

Procure, meu camarada, que é um filme muito bom!

Como você está?

Muitos abraços!
Jorge