poema 35 do livro hierofania dos dedos
(fotografia de arno r. minkkinen, "self-portrait, banks, oregon", 2005)
aquele que escreve no limiar do fogo vive apenas na certeza das mãos. são elas que dizem da hierofania maior: a que parte do rosto e descende à altura dos dedos, como se o homem-outro fosse uma extensão do rosto e das pétalas salientes da pele.
aquele que diz é apenas quem diz. e quem pronuncia as três verdades do som: o om, a sílaba, a palavra. verso algum poderá existir que não aspire ao ventre das mulheres.
jorge vicente
(in hierofania dos dedos. Coimbra: Temas Originas, 2009. pg. 40)
8 comentários:
Muito belo!
Muito obrigado, Ruela!
Um grande abraço!
Jorge
Isto sim, meu querido amigo Jorge!
Chegar ao teu blog e ler textos de tua autoria, dá muito mais prazer:)
Excelente.
Bfds para ti.
Bjito amigo
Estou um pouco constipado, amiga. Aproveito este fim-de-semana para descansar. E talvez escrever, não sei...
Vêm aí mais poemas!
Muitos beijinhos
Jorge
gostei muito de reler este poema com esta fotografia tão bonita. um beijo e feliz páscoa, amigo jorge*
Jorge, adorei teus escritos ..
um espaço agradável o seu ...
abraços ...
Muito obrigado, querida Alice.
Uma boa Páscoa também para ti!!!
Muitos beijinhos
Jorge
Curiosa,
pode vir aqui sempre que quiser :)
Abraços de Portugal
Jorge
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