8.1.11

Let's talk about sex



(fotografia de tom baril, "lisianthus", 1998)


"Para alguns, «divertimento» implica sensações físicas. Para outros, «divertimento» talvez seja algo totalmente diferente. Tudo depende de Quem Tu pensas que És e daquilo que estás cá a fazer.

Há muito mais a dizer sobre o sexo do que já aqui foi dito - mas nada mais fundamental do que isto: sexo é alegria e muitos de vós transforam-no em tudo menos isso.

O sexo também é sagrado - sim. Mas a alegria e a sacralidade misturam-se (são, aliás, a mesma coisa) e muitos de vós julgam que não. As vossas atitudes em relação ao sexo formam um microcosmo das vossas atitudes em relação à vida. A vida devia ser uma alegria, uma festa, e tornou-se uma experiência de medo, ansiedade, «não suficiência», inveja, raiva e tragédia. O mesmo se poderá dizer do sexo. Reprimiram o sexo tal como reprimiram a vida, em vez de se expressarem plenamente, com naturalidade e alegria.

Aviltaram o sexo tal como aviltaram a vida, classificando-o como mau e depravado em lugar da mais sublime dádiva e o maior dos prazeres.

Antes de ripostares que não aviltaram a vida, observa as vossas atitudes colectivas para com ela. Quatro quintos da população mundial consideram a vida uma tortura, uma tribulação, um tempo de provações, uma dívida cármica que tem de ser paga, uma escola onde se aprendem duras lições e, em geral, uma experiência a ser suportada enquanto se aguarda a verdadeira alegria, que é depois da morte.

É uma vergonha que tantos de vós assim pensem. Não é pois de admirar que tenham considerado vergonhoso o próprio acto que cria a vida.

A energia que realça o sexo é a energia que realça a vida; é vida! O sentimento de atracção e o intenso, e muitas vezes premente, desejo de aproximação mútua, de se tornarem um só, é a dinâmica essencial de tudo o que vive. Inseri-a em todas as coisas. É inata, inerente, intrínseca a Tudo O Que É.

Os códigos éticos, as constrições religiosas, os tabus sociais e as convenções emocionais que vocês colocaram em torno do sexo (e, a propósito, em torno do amor - e de toda a vida) fizeram com que vos fosse praticamente impossível celebrarem a vossa existência.

Desde o príncipio dos tempos que tudo o que o homem quer é amar e ser amado. E desde o princípio dos tempos que o homem tem feito tudo ao seu alcance para tornar isso impossível. O sexo é uma extraordinária demonstração de amor - amor por outra pessoa, amor por si mesmo, amor pela vida. Deviam, portanto, amá-lo. (E amam-no - só que não são capazes de dizer a ninguém que o fazem; não se atrevem a mostrar o quanto gostam dele, pois quem o fizer é visto como um pervertido. No entanto, é essa a ideia que está pervertida." (1)

neale donald walsch


(1) WALSCH, Neale Donald - Conversas com Deus. 14ª ed. Cascais: Sinais de Fogo, 2003. ISBN 972-8541-05-8. pg. 251, 252.

5 comentários:

Fá menor disse...

Gostei. muito.

(gosto muito)

Haja alegria!

Bjos

Anónimo disse...

Óptima ideia tazeres o tema do amor para aqui. É a tua contribução para se ir mudando este desgraçado estado de coisas... Parabéns!
Abraço,
Álvaro

Álvaro disse...

Óptima ideia tazeres o tema do amor para aqui. É a tua contribução para se ir mudando este desgraçado estado de coisas... Parabéns!
Abraço,
Álvaro

jorge vicente disse...

Gosto. Muito. Sempre.

Grande abraço, Fa!
Jorge

jorge vicente disse...

Obrigado, Álvaro.

O amor, a sociedade, uma perspectiva mais biocêntrica do mundo é um tema pouco falado. Pouco falado neste sentido pleno e Vivo.

Obrigado tu por também estares no meu caminho.

Grande abraço
Jorge