9.2.09

in nomine



(pintura de christopher richard wynne nevinson, "waves", circa 1917)

tenho um profundo respeito (reverência)
pelo rio que deserda as ondas
como se uma névoa de espuma
o alumiasse e o obrigasse a
voltar para trás.

todo esse respeito profundo (palavra)
cala e segue a água:
a presença súbita das algas,
uma corrente feroz,
o carmelo que se ergue no silêncio
perene das rochas.

não há respeito (há voz)
nas palavras que seguem o ritmo
da escritura.

jorge vicente

2 comentários:

Cássio Amaral disse...

muitas vozes

não dizem

o melhor do silêncio.

E a natureza diz tudo meu nobre.

Abração. Muita luz.

jorge vicente disse...

a natureza diz mesmo tudo, meu caro amigo.

um grande abraço e até amanhã
jorge

p.s.
quando for ao brasil, quero ir a araxá!!!