o passado?
"através de uma cerimonialização selectiva mais intensiva do passado, saturando o país com celebrações intermináveis das descobertas e de outros momentos gloriosos da «fé e império», a história torna-se ela mesma um instrumento de chauvinismo" (1)
hermínio martins
(1) MARTINS, Hermínio - Classe, status e poder e outros ensaios sobre o portugal contemporâneo. Lisboa: Instituto de Ciências Sociais, 1998. ISBN 972-671-051-0. p. 62.
3 comentários:
Boa reflexão! Talvez esse culto
do passado seja uma estratégia
deliberada do poder, pois enquanto
se vai atirando um povo para o
passado, impedimos (ou impede esse
poder?) que ele se questione sobre
um presente a que o "nosso" José
Gomes Ferreira chamava:"o marasmo
do pântano"...
Abrç.
Li este no outro dia mas o tempo faltou-me.. recordei uma leitura em que já não lembro o nome, que se referia que o português tem uma falta de persistência, é inconstante, corre atrás de entusiamos fugazes embora seja dotado da tenacidade "muito aferro quando se fila a uma ideia", e esta virtude foi notável nas Descobertas, e por outro lado aponta a inércia e o horror ao trabalho preferindo ocupações pouco produtivas, parasitárias ou quase (referindo.se aos econonomistas antigos). seduzem-se por negócios que enriquecem rapidamente, em lugar de cultivar os essenciais optou pelaprocura do ouro,pelo que logo se cifra em numerário. Já Fernando Pessoa referiu um sentimento de desemprego só porque já não havia Índias por descobrir.
Beijinhos
e nós continuamos pelo mesmo caminho, criando novos desígnios colectivos como a nossa selecção.
é tempo de conquistarmos as pessoas que nos rodeiam e de fazermos nossos os desígnios da solidariedade.
um beijinho
jorge
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