O místico segundo Allan Kardec
(fotografia de Stanko Abadzic, "After the Double", 2000)
"
443. Há coisas que o extático pretende ver e que, evidendentemente, são o produto de uma imaginação impressionada pelas crenças e preconceitos terrestres. Portanto, o que vê não é real?
«O que o extático vê é real para ele. Mas, como o seu Espírito está sempre sob a influência das ideias terrenas, pode acontecer que veja à sua maneira, ou melhor, que exprima o que vê numa linguagem moldada pelos preconceitos e ideias de que está imbuído, a fim de ser mais compreendido. É sobretudo nesse sentido que lhe sucede errar.»" (1)
Allan Kardec
(1) KARDEC, Allan - O Livro dos Espíritos. 2ªed. Mem Martins: Livros de Vida, 2005. ISBN 972-760-108-1. p. 201.
5 comentários:
ler-te faz de mim uma pessoa melhor, caro amigo. um bom ano.
O que Kardec diz não é muito diferente da filosofia dos primeiros filósofos gregos, com os seus "mundos de aparências"...
Ambos estão certos...
Esta linha de pensamento, seja qual for a sua continuidade ou forma de apresentação, é sempre actual e sempre pertinente. Porque cada um vê a realidade com os olhos que tem e, por isso, não há duas visões iguais sobre o mesmo fenómeno.
Apreciei o seu comentário no NOTAS SOLTAS.
Quanto ao seu blogue apreciei o tom intimista de alguns posts.
Quanto à questão que aqui nos apresenta, tenho para mim que, de facto, já os pensadores da Antiguidade Clássica por lá tinham andado.
E é interessante, caros amigos, que esta frase dos Espíritos me levou aos próprios gregos, à chamada Alegoria da Caverna, de Platão. Por isso, a fotografia. Por isso, o túnel para chegar à sabedoria.
Jorge Vicente
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