25.10.07

Um Milagre de Natal / Noel (Chazz Palminteri)



(Alan Alda e Paul Walker, em Noel)

Apesar das opiniões institucionalizadas de algums críticos de renome, que preferem o chamado cinema de autor ao cinema popular, sabe bem, de vez em quando, ver um filme que nos aqueça a alma. O pior é que, para algumas pessoas, esse aquecimento da alma equivale a uma diminuição das faculdades mentais pelo que fogem a sete pés de filmes sentimentais e emotivos.

Um Milagre de Natal (Noel, no título original) é um filme emotivo. Que nos aquece a alma. E é um filme de Natal, embora sem o Pai Natal, o Menino Jesus, as ruas enfeitadas, com bonecos de neve encostando a nariz à porta, saboreando alguma castanha acabadinha de fazer. É, acima de tudo, um filme sobre a mudança de vida, sobre os pequenos milagres que um simples dia pode fazer. Esse dia poderia ser o Natal, o dia de aniversário de alguém que já partiu, o dia do primeiro encontro.

Neste filme, três histórias são contadas:

a história de Rose, divorciada, que vive para ajudar a mãe, internada com Alzheimer. Passa a vida no hospital.

a história de Mike e Nina, que planeiam casar-se, mas cuja relação está em vias de terminar por causa do ciúme. E, ainda por cima, Mike é perseguido por um empregado de café que julga que ele é a reencarnação da sua antiga mulher, que faleceu.

história de Jules, que se mutila para ser internado no hospital, o sítio onde ele passou o único Natal decente em toda a sua vida, aos 12 anos.

Resumindo: é um filme de Natal, um pequeno filme, um pequeno grande filme que nos ensina que podemos mudar a nossa vida, sempre que quisermos. E que devemos aprender com as pequenas grandes lições que todos os dias passam e nos acompanham quando respiramos e nos deitamos; quando passeamos pela rua e saboreamos o doce alvorecer do sol de manhã. Como disse Wellington Enguer, facilitador de Biodanza, "não basta sermos pessoas inteligentes e admiradas; é necessário sermos pessoas humanas e amadas" (fonte: http://www.toknatural.com.br/reflexoes.htm). E o amor, o perdão, a entrega, e o dar/receber são a base do Natal.

Jorge Vicente

2 comentários:

Polly Jean disse...

sabes o que me ocorreu ao ler este post, o poema do grande david mourão ferreira...natal/ há-de vir o natal...conheces? tive o privilégio enormissimo de conhecer o poeta. o natal tem contradições..

Ana V. disse...

UI, ui, daqueles filmes de que fujo a sete pés como as pessoas de que falas logo no primeiro parágrafo. Pronto, confesso, sou eu!!! Beijinho, Ana