(quadro de Max Moreau, "Marchand de dattes et de grenades" (s/d) )
"(...) há uma crescente falta de solos no vosso planeta. Ou seja, estão a ficar sem boa terra onde cultivar alimentos. Isto porque o solo precisa de tempo para se reconstituir, e as vossas empresas agrícolas não
têm tempo. Querem terra que produza, produza, produza. Portanto, a prática secular de alternar os campos de cultivo de uma estação para outra está a ser abandonada ou encurtada. Para compensar a falta de tempo, despejam químicos na terra para a tornar fértil mais depressa. Mas aí, como em todas as coisas, não conseguem desenvolver um substituto artificial da Mãe Natureza que se aproxime sequer de fornecer o que Ela fornece.
O resultado é que estão a reduzir a apenas algumas polegadas, de facto, nalguns locais, as reservas da camada superior nutritiva do solo. Por outras palavras, estão a cultivar cada vez mais alimentos em solos que têm cada vez menos teor nutritivo. Sem ferros. Sem minerais. Nada que contam que o solo forneça. Pior ainda, estão a comer alimentos cheios dos produtos químicos que lançaram no solo na tentativa desesperada de o reconstituir. Apesar de não provocarem danos aparentes no corpo a curto prazo, descobrirão para vossa infelicidade que, a prazo, esses resíduos químicos, que permanecem no organismo, não são saudáveis.
Este problema da erosão do solo devido à acelerada rentabilização dos campos de cultivo não é algo de que a maior parte das pessoas esteja consciente, nem o declínio da reserva de solo cultivável é uma fantasia inventada pelos ambientalistas «yuppie» que procuram uma causa na moda. Perguntem a qualquer cientista da Terra e terão muito que ouvir. É um problema de proporções epidémicas; é mundial e é grave. Este é apenas um exemplo das muitas formas como estão a danificar e a exaurir a vossa Mãe, a Terra, a dadora de toda a vida, com total desprezo pelas suas necessidades e processos naturais.
Vocês estão preocupados com pouco mais no vosso planeta que a satisfação das vossas próprias paixões, o preenchimento das vossas próprias necessidades imediatas (e na maior parte, empoladas), e em saciar o inesgotável desejo humano de Maior, Melhor e Mais. No entanto, enquanto espécie, não vos faria mal perguntar quando bastará" (1)
Neale Donald Walsch
(1) WALSCH, Neale Donald - C
onversas com Deus: livro 2. 5ª ed. Cascais: Sinais de Fogo, 2002. ISBN 972-8541-10-4. p. 232-233.
Como todos sabem,
ste post está inserido
na iniciativa Teia Ambiental, idealizadas por Flora Maria e Gilberto da
Cunha Gonçalves. O blog da Flora: http://floradaserra.blogspot.com/Muitos abraços para todos
Jorge Vicente