11.4.11

poema 35 do livro hierofania dos dedos



(fotografia de arno r. minkkinen, "self-portrait, banks, oregon", 2005)


aquele que escreve no limiar do fogo vive apenas na certeza das mãos. são elas que dizem da hierofania maior: a que parte do rosto e descende à altura dos dedos, como se o homem-outro fosse uma extensão do rosto e das pétalas salientes da pele.

aquele que diz é apenas quem diz. e quem pronuncia as três verdades do som: o om, a sílaba, a palavra. verso algum poderá existir que não aspire ao ventre das mulheres.

jorge vicente

(in hierofania dos dedos. Coimbra: Temas Originas, 2009. pg. 40)

8 comentários:

  1. Muito obrigado, Ruela!

    Um grande abraço!
    Jorge

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  2. Isto sim, meu querido amigo Jorge!
    Chegar ao teu blog e ler textos de tua autoria, dá muito mais prazer:)
    Excelente.
    Bfds para ti.
    Bjito amigo

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  3. Estou um pouco constipado, amiga. Aproveito este fim-de-semana para descansar. E talvez escrever, não sei...

    Vêm aí mais poemas!

    Muitos beijinhos
    Jorge

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  4. gostei muito de reler este poema com esta fotografia tão bonita. um beijo e feliz páscoa, amigo jorge*

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  5. Jorge, adorei teus escritos ..
    um espaço agradável o seu ...
    abraços ...

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  6. Muito obrigado, querida Alice.

    Uma boa Páscoa também para ti!!!

    Muitos beijinhos
    Jorge

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  7. Curiosa,

    pode vir aqui sempre que quiser :)

    Abraços de Portugal
    Jorge

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