
(quadro de egon schiele, "nach links blickendes kind mit roter kappe", 1909)
"O doente canceroso típico, digamos, um homem, sofreu de falta de proximidade com os pais na infância, a falta do tipo de amor incondicional que lhe poderia ter garantido o seu valor intrínseco e a sua capacidade de vencer os desafios. Ao crescer, tornou-se fortemente extrovertido, não tanto devido a uma atracção inata pelos outros mas pela dependência deles para validação do seu próprio valor. A adolescência foi ainda mais difícil para este futuro doente de cancro do que para os outros adolescentes. A dificuldade em estabelecer amizades mais do que superficiais conduziu a uma solidão excruciante e ao reforço de sentimentos anteriores de imperfeição.
Uma pessoa como essa inclina-se a considerar-se estúpida, desastrada, fraca e inepta em jogos sociais ou desportos, apesar de realizações que muitas vezes aão a inveja de colegas. Ao mesmo tempo pode acalentar uma visão do «eu verdadeiro», supremamente dotado, destinado a beneficiar a raça humana com realizações vagas mas transcendentes. Mas esse eu autêntico está cuidadosamente ocultona convicção de que iria prejudicar a aceitação e o amor (subjectivamente) mínimos que a pessoa recebeu. Pensa: «Se eu agir como realmente me sinto - infantil, brilhante, afectuoso e louco - serei rejeitado.»" (1)
bernie s. siegel
(1) SIEGEL, Bernie S. - Amor, medicina e milagres. 1ª ed. Lisboa: Sinais de Fogo, 2004. ISBN 972-8541-47-3. pg. 134.
este teu post deixa-me tão pensativa Jorge, adoraria poder discutir este assunto contigo,a sério. A primeiram parte do texto ainda concordo mas a segunda... não pode ser de maneira nenhuma generalizada.. Pelo contrário, acho que há uma tendência para a inteligência e a força,não por uma questão de provar aos outros mas por natureza inata, desde a infância que manifestam qualidades espantosas que se vão acentuando com a vida. Mas também não devo generalizar..
ResponderEliminarGostava imenso de adquirir este livro, mas parece-me mais do que um não é?
Ainda não tive oportunidade de responder ao teu mail do Natal, e sobre a biodança ;)
Aguarda-me.
E olha... deixo-vos um pedaço meu no Citadel. Saudades apenas.
Beijinhos Jorge