18.2.16

Casa de la Ronda

3.

ajuda-me a falar a língua dos anjos, a língua lustrosa e iluminada, a língua de toda a literatura e de toda a rasa teologia. ajuda-me nessa língua que não pede nem desaloja nenhuma poética nem nenhuma sistematização de linguagens. nessa língua sem métrica nem metáforas, nessa língua das ruas e dos pequenos botequins de esquina, nessa língua que ensina a gelar um osso e a transformar uma paisagem numa casa e num quarto. e a inscrever incessantemente um homem no círculo gerado pelas marés.

Jorge Vicente

6 comentários:

  1. Anseios dos homens, em eterna busca do sentido das coisas...

    Um abraço

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  2. Exactamente, AC. O nosso grande trabalho e o nosso grande prazer: o sentido da Vida.

    Grande abraço!

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  3. Um texto muito belo, meu amigo. Gostei imenso.
    Um beijo.

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  4. Muito, muito obrigado, amiga!!

    Muitos beijos!

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  5. o poeta em completo desassossego
    em contra-mão ou quiçá com as respostas para o que não queremos entender

    talvez um anjo...ajude ou não

    interessante

    ;)

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  6. Obrigado, querida Piedade!!

    Muitos beijos
    Jorge

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